D. Amélia, a rainha com uma câmara fotográfica
A rainha chega à Madeira e o fotógrafo capta uma imagem em que está tão próxima dos populares que bastaria estender a mão para lhe tocar. Outra, na estação de comboios do Estoril, a rainha está entre pessoas de todas as condições sociais. As fotografias de D. Amélia, agora em exposição no Palácio Nacional da Ajuda, mostram uma soberana próxima do povo, em sintonia com o que vai registando nos diários que foi escrevendo e que José Alberto Ribeiro, diretor do Palácio Nacional da Ajuda, conhece de cor. "Era uma rainha que cultivava a proximidade", diz, enquanto percorre as fiadas de expositores que se arrumam na Sala dos Embaixadores. "Na Inglaterra seria impossível", constata.
O diretor coordenou a exposição, comissariada por Luís Pavão. Queriam sublinhar "a relação da fotografia com a Casa Real", diz José Alberto Ribeiro. O conjunto - cerca de cem (reveladas nas mais variadas técnicas da época) - inclui fotografia oficial, institucional, tiradas por profissionais e, as mais chamativas, tiradas pela rainha e pela família.