Cunha Vaz ajuda PSD a mudar comunicação
António Cunha Vaz garantiu ontem ao DN que não irá trabalhar a tempo inteiro para o PSD. "Na minha agência não tenho um número suficiente de pessoas para assegurar a assessoria a um cliente tão absorvente como seria o PSD." A agência vai, no entanto, prestar um serviço pontual de "dois ou três meses" ao partido de Luís Filipe Menezes. Vai ajudá-lo a reestruturar o gabinete de comunicação social-democrata.
"Trata-se de uma auditoria, durante a qual vamos pensar toda a comunicação interna e externa do partido ao nível do gabinete de audiovisuais, da relação partido/ sociedade e partido/grupo parlamentar." Cunha Vaz afirma que, depois desta tarefa, voltará à sua bolsa de clientes, "90% da área empresarial". O gestor da Cunha Vaz & Associados negou que tenha sido pressionado "por qualquer cliente", e em particular a Caixa Geral de Depósitos (CGD), para deixar de trabalhar com o PSD. "A CGD pôs-me cem por cento à vontade, porque temos uma relação de confiança", frisou.
Sublinha mesmo que se Luís Filipe Menezes - e só para ele no PSD trabalhará - lhe pedir para gizar nova campanha para as legislativas de 2009, "contará então comigo a 100% e ganharemos as eleições".
Cunha Vaz envolveu-se numa polémica com Pacheco Pereira, depois do antigo deputado do PSD o ter acusado de ter feito uma campanha "degradada"nas eleições internas do PSD. Pacheco publicou no blogue Abrupto uma carta pessoal que Vaz lhe dirigiu e este "indignado" enviou-lhe segunda missiva, pedindo igual tratamento. Mas não o teve. Nessa carta, a que o DN teve acesso, Cunha Vaz questiona Pacheco sobre quem pagou a sua campanha para as europeias e sobre quem financiou os almoços e jantares em que esteve quanto foi líder da distrital do PSD de Lisboa.|