Corria o ano de 1994 e o caso assumiu contornos de escândalo nacional.Um técnico de comunicações com acesso à Procuradoria-Geral da República instalou uma escuta telefónica por baixo do soalho do gabinete do então procurador-geral da República (PGR), Cunha Rodrigues. O aparelho foi montado para a obtenção de informações sobre o processo de facturas falsas, conhecido como o caso Partex. O objectivo do técnico terá sido o de fornecer informações ao sogro e à própria mulher que estavam ambos indiciados nessa megafraude fiscal. .A descoberta do microfone ficou a dever-se ao próprio PGR quando ao levantar o auscultador este começou a ouvir conversas de pessoas sem marcar qualquer número, de ter muito ruído no telefone e de receber muitas chamadas erradas. E foi em Abril desse ano que decidiu mandar chamar os peritos da PJ para investigar.