Cronologia desde a tragédia de 22 de julho de 2011
2011
22 julho - O extremista Anders Behring Breivik rebenta uma bomba na sede do Governo de Oslo, matando oito pessoas e deixando outras 30 feridas. Depois, mata mais 69 pessoas, na sua maioria adolescentes, ao disparar contra os jovens da juventude trabalhista na ilha de Utoya. É detido no local do tiroteio, depois de uma hora e um quarto a disparar.
25 julho - Breivik é ouvido pela primeira vez por um juiz e colocado em prisão preventiva. A Noruega observa um minuto de silêncio em homenagem às vítimas. Entre 150 mil e 200 mil pessoas desfilam em Oslo com uma rosa na mão.
12 agosto - O Governo dá um ano a uma comissão independente para tirar conclusões do ataque.
19 e 20 de agosto - Sobreviventes e familiares das vítimas voltam a Utoya.
21 agosto - Cerimónia nacional de homenagem às vítimas.
12 setembro - Direita populista anti-imigração sofre um revés nas eleições locais, no primeiro escrutínio após a tragédia.
29 novembro - Dois psiquiatras mandatados pela justiça, Synne Soerheim e Torgeir Husby, concluem que Breivik sofre de "esquizofrenia paranóide", defendendo um internamento psiquiátrico.
19 dezembro - Os especialistas responsáveis pelo seguimento de Breivik na prisão dizem não ter encontrado nele qualquer sinal de psicose.
22 dezembro - Uma comissão médico-legal encarregada de validar a qualidade das avaliações psiquiátricas oficiais aprova a perícia efetuada por Soerheim e Husby.
2012
13 janeiro - O tribunal de Oslo pede uma contra-perícia psiquiátrica.
fevereiro - Breivik colocado sob observação psiquiátrica quase permanente durante três semanas na prisão de Ila.
7 março - Acusação formal de Breivik por "atos de terrorismo". Com base na perícia psiquiátrica existente, o Ministério Público diz-se preparado para reconhecer a irresponsabilidade penal de Breivik, reservando contudo a possibilidade de mudar de posição se novos elementos forem conhecidos.
15 março - A polícia pede desculpas por não ter detido Breivik mais cedo.
10 abril - A contra-perícia psiquiátrica, feita por Agnar Aspaas e Terje Toerrissen, conclui que Breivik é penalmente responsável, já que nenhum sinal de psicose foi detetado. Esta contra-perícia não foi contudo validada pela comissão médico-legal, que diz que ela contém falhas graves.
16 abril - Breivik declara-se inocente na abertura do processo.
26 abril - Cerca de 40 mil noruegueses cantam na rua uma canção de embalar odiada por Breivik.
11 maio - O irmão de uma das vítimas, uma jovem iraquiana curda, atira um sapato contra Breivik, sem o atingir.
21 junho - O Ministério Público pede o internamento psiquiátrico de Breivik, considerando que há dúvidas suficientes para o considerar como penalmente irresponsável.
22 junho - No último dia do processo, Breivik pede a sua absolvição, enquanto que os seus advogados defendem para ele "a pena mais clemente possível" e que seja considerado penalmente responsável.
22 julho - Primeiro aniversário dos ataques.
24 agosto - O tribunal decide que Breivik é culpado de terrorismo e condena-o a 21 anos de prisão, uma pena que poderá ser prolongada enquanto for considerado perigoso.