Cristiano Ronaldo. A vida nos relvados depois dos 30

O melhor do mundo faz hoje 30 anos, altura para desejar ainda uma longa vida nos relvados ao capitão da seleção.
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Aos 30, é inevitável que a curva descendente se aproxime e os exemplos anteriores dos melhores do mundo, que o DN aqui traz, evidenciam a dificuldade em prolongar o sucesso como trintão. Mas há exceções saudáveis, como Di Stéfano. E revolucionar parâmetros de outros tempos não é nada a que o avançado do Real Madrid não se tenha já habituado.

Alfredo Di Stéfano. O melhor pode chegar já como trintão

É um exemplo atípico, de tempos longínquos. Mas é uma notável prova de longevidade. Alfredo Di Stéfano só chegou ao Real Madrid aos 27 anos - estreou-se em setembro de 1953 - e viveu as suas melhores conquistas após os 30. Antes disso, já fora campeão argentino (River Plate) por duas vezes e colombiano (Millonarios) por três. Mas foi no Real Madrid e já trintão que o Flecha Loira [La Saeta Rúbia] construiu a sua lenda como uma das mais importantes figuras da história do futebol. Seis dos seus oito títulos espanhóis e quatro das cinco taças de campeão europeu foram ganhos depois do 30.º aniversário. Assim como as duas Bolas de Ouro (1957e 1959). Depois de ter mudado a história do Real Madrid, deixou o Bernabéu aos 37 anos, mas ainda fez mais duas épocas em Barcelona (Espanyol), jogando até aos 39 anos.

Diego Maradona. As drogas que corromperam D10s

É o exemplo menos útil que se pode mostrar a Cristiano Ronaldo, nos antípodas do argentino nos seus cuidados com o corpo. Até aos 30 anos, Diego Maradona conquistou o mundo como um barrilete cósmico - algo como "cometa errante" -, como foi batizado pelo uruguaio Victor Hugo Morales na famosa partida com a Inglaterra, no Mundial de 1986. Levou aí a Argentina ao título, no México, elevou Nápoles ao topo da paisagem da série A italiana (dois títulos, em 1987 e 1990), chegou a ser maior do que Pelé na idolatria do futebol. Mas El Pibe caiu com estrondo após os 30, pés de barro quebrados por uma adição de drogas que saiu fora de controlo. Duas suspensões, uma por posse de cocaína e outra por doping no Mundial de 1994, marcaram um fim decadente, com despedida oficial a 25 de outubro de 1997, na Bombonera, com a camisola do seu Boca Juniors, a cinco dias dos 37 anos.

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