"A crise económica prejudicou-nos a todos. Para o nosso país teve o seu impacto porque, naturalmente, com as limitações internas, torna-se mais difícil dar-se apoio externo", afirmou António Manuel Luvualu de Carvalho à agência Lusa. .O responsável, que esteve na quinta-feira na capital britânica a lançar o livro "Angola no Conselho de Segurança da ONU 2015/16", mostrou confiança no sucessor do presidente José Eduardo dos Santos, a ser eleito a 23 de agosto. ."Acredito que esta retoma a que estamos a assistir na economia mundial, e o novo executivo que sair das eleições de 23 de agosto, certamente há de refletir-se. Acredito que uma das prioridades poderá ser o apoio à pacificação da sub-região centro-austral do continente e do continente africano", acrescentou. .Luvualu de Carvalho apresentou o primeiro de dois volumes, que se centra no primeiro ano do mandato de Angola no Conselho de Segurança da ONU e que reúne as resoluções votadas nesse período, como um exercício académico e um material de estudo para os seus alunos. ."Angola conseguiu marcar passos importantes num momento muito difícil das relações internacionais: o conflito israelo-árabe, a crise dos mísseis na Coreia do Norte e a questão dos Grandes Lagos, com os conflitos na República Democrática do Congo, entre o Sudão e Sudão do Sul, na Republica Centro Africana e no Burundi", garantiu o também académico à Lusa. .Na sua opinião, "Angola teve o seu papel para conseguir contribuir positivamente para a resolução de muitas dessas questões". .A apresentação do livro, segundo volume com resoluções de 2016 será apresentado em setembro, foi feita num evento organizado pela Associação das Nações Unidas britânica, que está a estudar a criação de uma palestra anual em homenagem a Margaret Anstee com o apoio de Luanda. .A britânica antiga representante especial da ONU em Angola, que foi também a primeira mulher a chegar ao cargo de Sub Secretária Geral das Nações Unidas, morreu em 25 de agosto de 2016.