Crime na OPA decidido ainda este ano

O inquérito do Ministério Público sobre o eventual crime de abuso de informação privilegiada (inside trading), na oferta pública de aquisição (OPA) lançada pelo BCP em Março do ano passado sobre o BPI, deverá ficar concluído até ao final do ano.

Segundo apurou o DN, o processo aberto pelo Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) da Procuradoria-Geral da República (PGR) está muito perto de ter uma conclusão e, até ao final do ano, ficará a saber-se se as suspeitas levantadas pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) resultarão na abertura de um processo crime. Ou se serão arquivadas.

Recorde-se que este processo está no Ministério Público há mais de nove meses. Os factos datam de Março do ano passado, quando na véspera de o BCP lançar a OPA sobre o BPI as acções deste banco dispararam mais de 6%. No mesmo dia do anúncio, o valor dos títulos também sofreu fortes oscilações, antes mesmo de a operação ter sido comunicada ao mercado.

Em Fevereiro deste ano, uma notícia do Expresso indicava que na origem das suspeitas estaria uma nota de investimento da Lisbon Brokers, que recomendava a "forte compra" de acções do BPI, dois dias antes de a OPA ser lançada. A corretora independente contestou estas suspeitas, sublinhando que "o nosso research foi elaborado, exclusivamente, com base em informação pública e segundo um modelo de avaliação objectivo". |- P.F.E.