Crianças devem ficar em casa

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As crianças devem ficar em casa nas fases em que a pandemia de gripe registe "muitos casos", mas como "isso nem sempre é possível" o investimento deve passar por prevenir a transmissão do vírus nas escolas, defende uma especialista.

Maria João Rocha Brito, infecciologista pediátrica e membro da direcção da Sociedade Portuguesa de Pediatria (SPP), diz que "a situação ideal" nas fases em que se registem muitos casos de gripe A é manter as crianças em casa. Contudo, reconheceu a especialista, "as pessoas têm de ir trabalhar". Nessas situações, sugeriu, o investimento deve dar-se nas escolas, creches e infantários, nomeadamente através de procedimentos que estão a ser recomendados pela Direcção-Geral da Saúde (DGS).

Afastar as crianças de possíveis fontes de contágio não é fácil, disse Maria João Rocha Brito. "Estamos a falar de crianças, de abraços e beijinhos, de chupetas e brinquedos", afirmou, acrescentando que estes são actos e objectos que podem significar contacto com o vírus.

A especialista lembrou que o vírus é viável nas superfícies entre duas e oito horas e, em alguns casos, até dez horas. Por essa razão, defendeu, cabe aos adultos, pais, educadores e profissionais assumir uma posição de cidadania e não irem trabalhar quando estiverem doentes, nem levar as crianças para a escola quando estas estiverem doentes.

As crianças abaixo dos dois anos representam o grupo de maior risco.

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