Criadores pedem explicações a Itália

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O Clube Português de Canicultura (CPC) está indignado com o Governo italiano por ter incluído o rafeiro-do-alentejo e o serra-da-estrela na lista das raças de cães perigosas e exige explicações. Numa carta enviada ao embaixador de Itália em Portugal, o CPC pede esclarecimentos sobre os motivos que levaram à inclusão daquelas duas ração autóctones portuguesas na lista dos 17 cães perigosos, publicada em Dezembro pelo governo italiano, e exige a sua retirada do documento.

"Não se justifica a inclusão destas duas raças na lista italiana, o rafeiro-do-alentejo e o serra-da-estrela não são cães perigosos, bem pelo contrário, são cães de boa índole", reagiu ao DN Pinto Teixeira, da direcção da CPC, lembrando que os italianos "nem conhecem bem estas raças, porque elas nem existem muito no país". Pinto Teixeira sustenta ainda que estas duas raças de cães "não estão incluídas e não foram incluídas sequer na lista portuguesa de raças perigosas".

A CPC pediu também ajuda à secção europeia da Federação Cinológica Internacional para tentar retirar as duas raças portuguesas da lista italiana.

Também a Associação de Criadores do rafeiro-do-alentejo se insurgiu contra a decisão do governo italiano, que disse ser "ridícula". A associação diz mesmo que a ministra da Saúde italiana "fez uma triste figura" ao classificar as raças portuguesas de perigosas.

O rafeiro-do-alentejo é um cão bastante corpulento, de temperamento independente e calmo e é utilizado como cão de guarda. O serra-da-estrela tem um temperamento forte e protector e é, também, usado como cão de guarda. Pode ser agressivo com estranhos se existir alguma ameaça para com os seus donos.

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