Criação da empresa de resseguros angolana atrasada para se adaptar ao atual quadro económico
Segundo o presidente da Agência Angolana de Regulação e Supervisão de Seguros (ARSEG), Aguinaldo Jaime, o processo para a criação da AngoRe está na fase de conclusão, devendo ser aprovada no último trimestre deste ano.
O responsável disse que houve alguma demora desde que o estudo técnico e de viabilidade sobre a AngoRe foi preparado, depois de alguns indicadores se terem alterado.
"A conjuntura do país hoje é muito diferente da que existia há dois, três, quatro anos, e nós tivemos de atualizar este estudo. O trabalho foi feito pela ARSEG e está basicamente concluído e em condições de ser apresentado aos potenciais acionistas da AngoRe", referiu.
Aguinaldo Jaime avançou que a participação do Estado na AngoRe é um investimento, havendo a necessidade de se realizar estudos sobre a sua viabilidade e rentabilidade do investimento a ser feito.
"É muito difícil estar a fazer previsões, mas atrevo-me a dizer que, se calhar, mais um trimestre e teremos finalmente a AngoRe aprovada", disse.
"Com a obrigatoriedade do seguro de importação feito em Angola, o mercado vai passar a partilhar riscos e sempre que os riscos excederem a capacidade de absorção de mercado, as seguradoras vão ceder parte do negócio à AngoRe, que será a empresa resseguradora nacional", explicou.
A AngoRe será uma parceria entre o Estado angolano e investidores privados nacionais e estrangeiros.