Corte da despesa do Estado é fundamental para baixar impostos
Questionado pela agência Lusa, em Benavente, sobre a proibição imposta pelo Ministério das Finanças ao setor público de contrair novas despesas, Álvaro Santos Pereira respondeu que uma das maiores preocupações que teve, desde o primeiro dia, foi ajudar no esforço de consolidação orçamental, e que essa disposição é para continuar.
"Cortamos em mais de 30% na despesa do ministério, e em mais de 500 dirigentes. Cortamos, fundimos ou extinguimos cerca de 24 organismos do Estado que estavam sob a nossa tutela, cortamos nas rendas da energia e nas Parceria Público Privadas, além de termos conseguido, pela primeira vez na história da democracia, um resultado operacional positivo para as empresas de transportes, no final do ano", elencou.
Após uma visita à INCOMPOL - Indústria de Componentes, em Benavente, onde foi acompanhado por uma comitiva argelina, o ministro da Economia e do Emprego frisou que é importante as pessoas perceberem, "de uma vez por todas", que a reforma e os cortes na despesa do Estado "são fundamentais para que se possa baixar os impostos aos portugueses e às empresas, assim que possível".
Nessa linha, Álvaro Santos Pereira reiterou a disponibilidade e a "filosofia" do seu ministério.
"Sempre ajudamos na consolidação orçamental, ao mesmo tempo que avançamos com reformas estruturais. Tudo o que seja preciso fazermos para conseguirmos reganhar a credibilidade internacional e, principalmente, tudo o que pudermos fazer para que Portugal possa sair da crise, nós iremos fazer", assegurou.
O governante aproveitou para criticar e culpar as opções do passado, que ajudaram o país a chegar à atual situação.
"Temos de reduzir os encargos que foram postos nas gerações futuras, através das rendas de energia, da Parque Escolar, através de negócios como a Estamo e as PPP. Todos negócios ruinosos para o nosso país", sustentou o ministro da Economia e do Emprego.
Álvaro Santos Pereira e o ministro da Indústria da Argélia estiveram de manhã em Lisboa com cerca de 50 empresas argelinas, num Fórum Empresarial Portugal-Argélia. Depois da visita à empresa Sumol/Compal, em Almeirim, distrito de Santarém, os dois governantes terminaram o dia de contactos com uma visita à empresa INCOMPOL - Indústria de Componentes, em Benavente.