Mente sã em corpo são. Os Jogos Olímpicos surgiram na Antiguidade como palco maior para a celebração de uma cultura em que corpo e intelecto andavam de mãos dadas. Organizados em honra de Zeus, o pai dos deuses, aclamaram campeões como Polidamas, Leónidas de Rodes ou Mílon de Crotona. Lutadores e corredores de tamanho e físico impressionantes, esculturais..Atualmente, os Jogos Olímpicos modernos continuam a premiar corpos trabalhados até à perfeição. Como o de Michael Phelps, o maior campeão da história, que se despediu nestes Jogos do Rio com um total de 28 medalhas (23 de ouro). O tronco em V do nadador norte--americano, a amplitude rara da sua braçada, a invulgar capacidade de oxigenação, são a natureza trabalhada em laboratório. Ciência ao serviço do desporto..Mas não há um só modelo de corpo olímpico destinado ao sucesso. Os Jogos são fisicamente democráticos nos seus quase 30 desportos. E tanto coroam os 193 centímetros por 88 quilos "perfeitos" de Phelps como os aparentemente frágeis 1,45 metros e 47 quilos da ginasta norte-americana Simone Davis, outra das grandes figura do Rio 2016..Podem subir ao pódio os gigantes, como o judoca Teddy Riner ou a lançadora Valerie Adams, e os baixinhos, como Biles ou o japonês Uchimura. Os esbeltos, como a brasileira Bárbara Seixas, ou os mais "pesados", como o polaco Fajdek... A diversidade olímpica também se celebra no físico.