Construtor esfaqueou sucateiro por causa de alegada dívida

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Coimbra. Agressor terá sido detido ao fim do dia pela PJ

Vítima dirigiu-se a café próximo para pedir ajuda, está livre de perigo

Um homem de 44 anos agrediu outro, com uma faca, ao princípio da manhã de ontem, em Ramalhais, Lousã, fugindo de seguida. Ao final da tarde, o alegado agressor já teria sido localizado pela Judiciária, embora fonte da Directoria de Coimbra desta polícia se escusasse a confirmar, ao DN, a informação, argumentando com o facto do caso estar sob segredo de justiça.

A vítima, um homem de 55 anos, que sofreu dois cortes no corpo - um no abdómen e outro na cara -, depois de socorrido no Centro de Saúde da Lousã, foi transportado para os Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC), onde se mantinha internado ao princípio da noite, embora o seu estado de saúde não sugerisse "grande preocupação", pois os ferimentos de que foi vítima "não são muito graves", segundo fonte hospitalar.

O não pagamento, por parte do alegado agressor ao agredido, de uma suposta dívida é apontada como a causa do conflito, que ocorreu, ontem, pelas 09.30, em Ramalhais, na periferia da vila da Lousã, junto à residência do agressor. A vítima, segundo versão sustentada ao DN por residentes em Ramalhais, terá procurado o suposto agressor na residência deste, que, "em vez de lhe pagar" a alegada dívida, reagiu desferindo-lhe "dois golpes com uma arma branca".

O homem que ficou ferido mora em Casal Ermio, também no concelho da Lousã, a cerca de quatro quilómetros de distância de Ramalhais e é operador de máquinas e comerciante de sucatas. Ferido, o homem "deslocou-se, pelo seu próprio pé", a um café próximo do local do conflito, onde pediu para telefonar. E, conta ao DN uma testemunha, "foi ele próprio a ligar para o 112 e a pedir socorro", que lhe veio a ser prestado pelos Bombeiros Municipais da Lousã e por uma equipa do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM). Enquanto isso, o alegado agressor, pequeno construtor civil, pôs-se em fuga, num jipe de que é proprietário. O conflito de ontem, interpretado pela procuradora do Tribunal da Lousã como tentativa de homicídio - por isso a investigação foi entregue à Polícia Judiciária -, parece culminar desentendimentos antigos entre os dois homens, ambos casados, dizem alguns vizinhos do alegado agressor que admitiram que, além da suposta dívida, também existirão motivos passionais a contribuírem para a degradação da relação entre eles.

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