Consórcio do metro Sul do Tejo ameaça abandonar obra

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Termina quinta-feira o prazo dado ao Governo pela concessionária do metro da Margem Sul do Tejo para a libertação dos terrenos em Almada, a fim de se prosseguir com as obras de instalação do metro ligeiro. O consórcio, liderado pelo Grupo Barraqueiro e pela construtora Teixeira Duarte, ameaça levantar o estaleiro da obra e abandonar o projecto, disse ao DN fonte da empresa. A exploração comercial da primeira fase da linha deveria ter início no próximo dia 11. Os 24 veículos, modelo Combino, fabricados pela Siemens já se encontram estacionados no Parque de Material de Oficinas (PMO) de Corroios.

As obras, acusa a mesma fonte, estão "paradas há quatro meses porque os terrenos ainda não foram disponibilizados". Os terrenos têm de ser entregues pela Câmara Municipal de Almada ao Governo, o concedente da obra. Contactada pelo DN, fonte do Ministério das Obras Públicas disse que estão a ser "desenvolvidos esforços para desbloquear a situação".

A concessionária Metro Transportes do Sul (MTS) investiu desde Dezembro de 2002 (início da concessão) até à data 250 milhões de euros, "faltando gastar 70 milhões para a conclusão da obra", realçou a mesma fonte, que aponta agora como "último recurso o levantamento do estaleiro central" na zona da Filipa d'Água.

A empresa sublinha ainda que aquela é uma "obra cheia de interrupções", os trabalhos estão suspensos junto ao Terminal, na Universidade da Caparica, devido a intervenções arqueológicas. A ligação entre o viaduto do Parque da Paz e o viaduto sobre a A2 (chamado o triângulo da Ramalha) não foi iniciado por não terem sido disponibilizadas à concessionária as parcelas do domínio público, impedindo assim a continuidade da linha de Corroios até ao Pragal/Universidade. A intervenção na chamada avenida central de Almada até Cacilhas está igualmente parada. Os termos da concessão (com duração de 30 anos a contar de 2002) terão de ser renegociados, face à derrapagem do início da exploração comercial. Os planos da concessionária apontavam para uma duração de obras de três anos. Na primeira fase, o metro vai servir os concelhos de Almada e Seixal.

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