Confiança dos consumidores e clima económico aumentam em abril

O INE refere que "O indicador de confiança dos consumidores aumentou em abril, após a diminuição abrupta em março, a segunda mais intensa da série, apenas superada pela registada em abril de 2020 no início da pandemia".
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O indicador de confiança dos consumidores aumentou em abril, após a "diminuição abrupta" em março, e o indicador de clima económico "aumentou ligeiramente", após a "diminuição moderada" em março, divulgou esta quinta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).

"O indicador de confiança dos consumidores aumentou em abril, após a diminuição abrupta em março, a segunda mais intensa da série, apenas superada pela registada em abril de 2020 no início da pandemia", refere o INE.

Já o saldo das perspetivas dos consumidores relativas à evolução futura dos preços "diminuiu em abril, após ter registado em março o maior aumento da série, o qual superou por larga margem o valor máximo anterior".

Quanto ao indicador de clima económico, "aumentou ligeiramente em abril, depois da diminuição moderada em março".

No mês em análise, os indicadores de confiança aumentaram na indústria transformadora, no comércio e nos serviços, tendo diminuído na construção e obras públicas pelo terceiro mês consecutivo.

Segundo o INE, os saldos das expectativas dos empresários da indústria transformadora e da construção sobre a evolução futura dos preços de venda voltaram a registar em abril novos máximos, enquanto no comércio e nos serviços diminuíram, após terem atingindo máximos no mês anterior.

De acordo com o instituto estatístico, a recuperação do indicador de confiança dos consumidores "resultou, sobretudo, do contributo positivo das expectativas relativas à evolução futura da situação económica do país, tendo as perspetivas sobre a evolução futura da situação financeira do agregado familiar e da realização de compras importantes também registado contributos positivos".

Em sentido contrário, as opiniões sobre a evolução passada da situação financeira do agregado familiar agravaram-se.

Quanto à evolução do indicador de confiança na indústria transformadora, "deveu-se ao contributo positivo de todas as componentes: opiniões sobre a evolução da procura global, apreciações relativas aos 'stocks' de produtos acabados e perspetivas de produção, mais expressivo no último caso".

O indicador de confiança aumentou nos agrupamentos de 'bens de consumo' e de 'bens intermédios', tendo diminuído no agrupamento de 'bens de investimento'.

Por seu turno, o indicador de confiança da construção e obras públicas diminuiu em abril pelo terceiro mês consecutivo, interrompendo a tendência crescente iniciada em maio de 2020 e que conduzira, em janeiro, ao valor máximo desde dezembro de 2001.

O INE explica que esta diminuição "refletiu o contributo negativo das duas componentes, apreciações sobre a carteira de encomendas e perspetivas de emprego".

No setor do comércio, o indicador de confiança aumentou em março e abril, após ter diminuído em fevereiro, tendo a evolução do último mês refletido os contributos positivos das opiniões sobre o volume de vendas e das apreciações sobre o volume de 'stocks', enquanto as perspetivas de atividade da empresa contribuíram negativamente.

Quanto ao indicador de confiança nos serviços, aumentou entre fevereiro e abril, "prolongando o perfil ascendente iniciado em junho de 2020".

"O comportamento do indicador resultou do contributo positivo das opiniões sobre a evolução da carteira de encomendas e das apreciações sobre a atividade da empresa, tendo as perspetivas relativas à evolução da procura contribuído negativamente", explica o INE.

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