O presidente da federação, João Carreira, disse à agência Lusa que Portugal está melhor este ano do na época balnear de 2016 e conta com um número suficiente de nadadores-salvadores para os concessionários preencherem todas as vagas, mas reconheceu que podem haver períodos de maior dificuldade, tanto no início como no fim da época balnear, por muitos deles serem estudantes.."A perspetiva da federação é a de que este ano as coisas estão muito melhores, em comparação com o ano passado. Com a vinda de alguns brasileiros, e com os cursos que foram dados e estão neste momento a acabar, vai haver em princípio uma abertura da época balnear sem grandes problemas", afirmou João Carreira..A mesma fonte sublinhou que "poderá haver no princípio e no final da época balnear algumas dificuldades em termos quantitativos".."Há muitos estudantes que agora estão em exames e eventualmente não poderão estar todos os dias disponíveis nas praias. Mas, à partida, o 'feedback' que temos, até por parte das associações de nadadores-salvadores, é de que vamos conseguir abrir as praias praticamente todas com os quantitativos necessários", acrescentou..O responsável da federação, que representa mais de um milhar de concessionários de praia em todo o país, frisou que há zonas que estão a ser geridas com planos integrados, o que abre a possibilidade de haver um número menor de nadadores-salvadores se essas áreas dispuserem de meios como motas de água, comunicações ou moto-quatro para o salvamento..João Carreira frisou, no entanto, que em praias isoladas os concessionários têm de cumprir lei e "a lei o que diz é que, por cada 100 metros, tem de haver dois nadadores-salvadores". ."Essa lei está mal feita, porque não tem em conta o número de utentes ou a carga das praias", exemplificou, lamentando que haja, por exemplo, na costa alentejana, praias e alguns concessionários que "têm mais nadadores-salvadores do que banhistas"..A mesma fonte questionou ainda a forma como a fiscalização destas regras é feita pelas autoridades marítimas, quando se compara as praias concessionadas com as não concessionadas, que estão sob responsabilidade das autarquias. ."Como é feita a contratação para essas zonas não concessionadas? Elas são responsabilidade das autarquias e quantos nadadores-salvadores há nessas praias? A maioria não tem vigilância, mas por lei são as câmaras que devem garantir o salvamento", disse.. A época balnear decorre entre 01 de maio e 15 de outubro, competindo às câmaras municipais defini-la em cada praia do seu concelho. Das 650 áreas balneares portuguesas, 175 começam a temporada na quinta-feira, 01 de junho, e outras 246 abrem no dia 15.