Comunidade Santo Egídio quer diálogo para fim da tensão

A Comunidade de Sant`Egídio expressou hoje preocupação com a tensão política e militar que se vive no centro de Moçambique, tendo exortado as principais lideranças do país para apostarem no diálogo para superar as divergências.
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Moçambique atravessa a sua pior tensão política e militar desde a assinatura do Acordo Geral de Paz em 1992, na sequência do assalto pelo exército à base onde o principal líder da oposição, Afonso Dhlakama, vivia há mais de um ano.

Em comunicado hoje enviado à Lusa, a Comunidade de Sant`Egídio expressa preocupação com a atual crise, apelando ao Governo e à Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal partido da oposição, para ultrapassarem os seus diferendos através do diálogo.

"Estamos convencidos de que aquilo que aconteceu nestes dias possa perigar o futuro do país. Por isso, deve reforçar-se, a todos os níveis, o método do diálogo", refere a organização.

Assinalando que Moçambique comemorou a 04 de outubro o 21.º aniversário da assinatura do Acordo Geral de Paz (AGP), que pôs termo a 16 anos de guerra civil, a Comunidade de Sant`Egídio defende que o entendimento deve continuar a encorajar os moçambicanos para a manutenção da estabilidade no país.

"É necessário que o espírito do AGP continue a servir de inspiração para todos os moçambicanos", diz a organização.

A Comunidade de Sant`Egídio fez parte da equipa de mediadores do acordo de paz, assinado em Roma pelo Governo moçambicano e pela Renamo.

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