Como seria o mundo se não tivessem existido os portugueses 

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Há 880 anos, a assinatura do Tratado de Zamora, em 5 de Outubro de 1143, entre o rei D. Afonso Henriques e o rei Afonso VII de Galiza, Leão e Castela, confirmou a independência de Portugal, mantendo a sua autonomia até à actualidade.

Portugal, país de surpreendentes contrastes e diversidade cultural, possui um manancial inesgotável de riqueza patrimonial material, imaterial e humana, fruto das heranças Fenícia, Lusitana, Celta, Romana e Muçulmana, da sua espantosa aventura ultramarina, e da comunhão com outras gentes, saberes e terras - genuínos e essenciais recursos para a estruturação de um novo e brilhante Futuro.

Portugal, a Nação com as fronteiras mais antigas da Europa, sobreviveu quando tantas outras nações desapareceram ou foram anexadas por outras mais fortes; porque se manteve, ferozmente fiel à sua História, Cultura e Identidade. Arrostou com os revezes impostos pelo Destino. Perdeu e recuperou a sua independência. Sofreu o declínio do seu poderio hegemónico mundial. Mas, sempre, com a convicção inabalável, e uma forte e altamente qualificada presença no Mundo. E, apesar de não possuir vastas riquezas naturais, soube e sabe impor o seu prestígio e valor através dos seus Maiores e do seu Passado e Presente com os olhos postos no Futuro.

Com a inequívoca valorização do seu ímpar acervo patrimonial, Portugal detém o poder de encetar um novo capítulo na sua História milenar - o Ciclo da Cultura e do Conhecimento.

A consciencialização do seu indelével valor no Mundo, e a dignificação da sua Memória Histórica e Cultural, projecta uma possante imagem de sofisticação de um Povo e de um País, que se elevam e cumprem o seu predestinado destino - artilhar o Testemunho de Portugal com a Humanidade.

O Património Cultural - material e imaterial, duradouro e efémero -, constitui a derradeira mensagem da Excelência de um Povo e do seu Desígnio, sendo esse o seu Legado ao Mundo, gerado pela Obra e Pensamento dos Portugueses.

"Capazes de feitos e obras portentosas, à primeira vista, para os espíritos mesquinhos, impossíveis de realizar, arrostamos com as contrariedades impostas pelo destino, muitas vezes devido a uma permissividade; no entanto, nunca perdemos a Esperança em dias melhores. O que para os levianos parecerá ser falta de amor-próprio ou inacção, para Nós, os Portugueses, é tão-somente uma atitude de adaptação às situações adversas - vergar para não quebrar - e, por tal, Portugal preserva a sua identidade e independência intactas há quase um milénio, sendo a nação com a autonomia e fronteiras mais antigas da Europa.

As pequenas obras desmobilizam-nos e causam-nos inércia. A coisa vulgar e comezinha não nos galvaniza. É em torno dos grandes planos e dos projectos mais ambiciosos que nos reunimos e fomentamos os grandes empreendimentos e ideias."
in Exposição Universal da Matriz Portuguesa - A Viagem do Espanto - 1.ª Expedição de Vasco da Gama . 525 Anos.

Se não tivessem existido os Portugueses o Mundo seria assaz diferente daquele que se conhece hoje...
Os mares ainda separavam, jamais uniriam e ainda seriam povoados por monstros quiméricos.
Os Povos da terra inteira não se haviam encontrado.
O misterioso e exótico Oriente e as exuberantes Américas não seriam reveladas.
O sonho de voar não largava do solo.
As bibliotecas não albergavam a imortal obra épica camoniana.
Os sabores das desvairadas latitudes não se mesclavam nos humanos palatos.
Os trinados das guitarras não acompanhavam o lamento da voz que canta.
A Língua Portuguesa não seria uma Pátria Cultural global.
"Lembrai-Vos de Nós, e contai a todos o que fizemos, com os nossos Irmãos da Língua Portuguesa e as outras Gentes do Mundo."
in Exposição Universal da Matriz Portuguesa - A Viagem do Espanto - 1.ª Expedição de Vasco da Gama . 525 Anos.

Presidente da Matriz Portuguesa - Associação para o Desenvolvimento da Cultura e do Conhecimento
Exposição Universal da Matriz Portuguesa | https://www.exposicao-universal-da-matriz-portuguesa.pt
Por vontade expressa do autor o texto respeita a ortografia anterior ao actual acordo ortográfico.

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