O Parlamento britânico encontra-se suspenso. Se não houver decisão judicial em contrário, até ao dia 14 de outubro - 17 dias antes da data prevista para a saída dos britânicos da União Europeia. E ainda sem se saber se o Brexit acontecerá com ou sem acordo, três anos depois de os britânicos terem votado em referendo numa saída (52% a favor e 48% contra)..O Brexit conseguiu pôr todos contra todos e ainda hoje muitos se perguntam como é que uma coisa destas foi possível. Mas foi. E com muitas peripécias pelo meio. Sobretudo em Londres. Estes são apenas alguns exemplos..Clegg e Cameron: as assunções não confirmadas.Em 2008, no Guardian, o então líder dos liberais-democratas publicou um artigo intitulado "Ask the under-50s" (Façam a pergunta a quem tem menos de 50 anos). Nick Clegg argumentava que se houvesse um referendo sobre o Reino Unido e a União Europeia, que as pessoas mais novas votariam pela permanência. O problema foi que, em 2016, quem acorreu em massa às urnas foram os mais velhos..Mais tarde, entre 2010 e 2015, Clegg foi vice-primeiro-ministro de David Cameron, então líder do Partido Conservador. Segundo disse o atual presidente do Conselho Europeu, o polaco Donald Tusk, à BBC Two, Cameron prometeu o referendo sobre a permanência do Reino Unido na UE porque achava que ele não ia acontecer. "Eu perguntei a David Cameron "porque é que decidiste fazer este referendo - é tão perigoso, estúpido até, sabes. Então ele disse-me - e eu fiquei surpreendido e chocado - que a única razão era o seu próprio partido".".Ao Inside Europe: 10 Years of Turmoil, Tusk disse que Cameron parecia seguro de que Clegg não aceitaria o referendo. "Ele disse-me que se sentia à vontade porque, ao mesmo tempo, achava não existir risco de haver mesmo um referendo. Isto porque o seu parceiro de coligação, os liberais-democratas, iria bloquear a ideia. Mas depois, surpreendentemente, ele ganhou as eleições e não precisou de renovar a coligação. Então, paradoxalmente, David Cameron tornou-se vítima da sua própria história.".Quando o tribunal forçou May a consultar os deputados.Depois de suceder a David Cameron no n.º 10 de Downing Street, Theresa May achava que o governo podia, sozinho, em nome da prerrogativa real, ativar o artigo 50.º do Tratado de Lisboa. Mas enganou-se redondamente. Uma ação apresentada em tribunal pela empresária Gina Miller argumentava que só o Parlamento o podia fazer. E em janeiro de 2017 o Supremo Tribunal britânico deu-lhe razão e decidiu que May tinha de ter primeiro autorização do Parlamento e só depois ativar o artigo 50.º e começar a negociar com a UE 27..Assim, a 29 de março de 2017, May enviou uma carta a pedir a saída da UE, tendo a data de saída do Reino Unido ficado prevista para 29 de março de 2019. Algo que não veio a acontecer ainda porque os britânicos pediram, entretanto, duas extensões daquele mesmo artigo 50.º. Isto porque o Parlamento britânico chumbou três vezes o acordo do Brexit assinado entre May e a UE 27 e não encontrou, entretanto, uma alternativa..A questão problemática é o backstop, mecanismo de salvaguarda destinado a impedir o regresso de uma fronteira física entre a Irlanda do Norte e a República da Irlanda. Os britânicos são contra ele, os irlandeses e a UE 27, unida, não abdicam dele - ou de algo que tenha exatamente o mesmo efeito (algo que até agora ninguém conseguiu inventar)..Tories perderam a maioria, voto útil e deserções acabaram de vez com ela.Gina Miller diz que fez o que tinha a fazer, apesar de ter chegado a receber ameaças de morte. Em maio deste ano, Miller lançou o Remain United, um site que explica como, através do voto útil, os britânicos podem afastar do poder os políticos pró-Brexit ou pró-No Deal Brexit. Foi isso que aconteceu nas eleições intercalares de agosto em Brecon e Radnorshire, País de Gales, quando, com o apoio da oposição, a candidata dos liberais-democratas derrotou o candidato dos conservadores. A maioria conservadora ficou então reduzida a um deputado apenas (contando já com os dez aliados do Partido Unionista Democrático da Irlanda do Norte)..Os conservadores perderam a maioria absoluta conquistada por Cameron quando Theresa May, a sua sucessora, decidiu legitimar-se nas urnas em 2017. As sondagens davam-lhe vantagem confortável. Mas no espaço de um mês tudo mudou. Nas legislativas de 8 de junho desse ano, os Tories perderam 13 deputados e o Labour de Jeremy Corbyn ganhou 30..A machadada final na maioria conservadora deu-se no passado 3 de setembro, quando o deputado rebelde Phillip Lee se levantou durante o discurso de Boris Johnson, que em julho sucedeu a May no governo, e foi sentar-se na bancada liberal-democrata. A juntar a isto mais de duas dezenas de deputados conservadores rebelaram-se entretanto contra o atual primeiro-ministro, depois de terem sido ameaçados de expulsão do partido caso alinhassem com a oposição..As três moções de censura contra Theresa May.A ex-primeira-ministra britânica e ex-líder do Partido Conservador insistiu até à última em afirmar que o seu acordo do Brexit era o melhor possível e que o seu compromisso com os britânicos era fazer acontecer o Brexit como eles pediram no referendo. Várias vezes foi hostilizada..Primeiro, dentro do partido, houve quem promovesse uma moção de censura interna contra ela. Em dezembro de 2018, Jacob Rees-Mogg, brexiteer radical, líder do think tank eurocético European Research Grup, tentou. Mas acabou por falhar. O ERG foi criado nos anos 1990 precisamente contra a decisão de John Major em assinar o Tratado de Maastricht pelo Reino Unido..No mesmo mês, Corbyn apresentou uma moção de censura contra May. Como era apenas contra ela e não contra o governo, não teve de ser aceite a debate. O executivo matou-a à partida. Acusado várias vezes de não apresentar alternativas e de na verdade não querer eleições, Corbyn acabou por apresentar uma moção de censura contra todo o governo a 15 de janeiro. Também esta acabou por não conseguir derrotar May..Esta acabaria apenas por se demitir em julho, após forte pressão e demissões no governo, tendo sido substituída por Boris Johnson. Para a história ficará o seu discurso emocionado à porta do n.º 10 de Downing Street. "Eu adoro o meu país", disse, em lágrimas..Conservadores juntaram-se à oposição contra um No Deal.Desde que chegou ao poder, Boris Johnson tem repetido um mantra: O Reino Unido vai sair da UE a 31 de outubro, com ou sem acordo. Isso fez soar alertas, pois se alguns achavam difícil de acontecer uma saída sem acordo, um No Deal Brexit, com o novo primeiro-ministro esse cenário passou a ser bastante provável..Após semanas de rumores - e de desmentidos -, o líder do executivo conservador, dominado por brexiteers radicais como Jacob Rees-Mogg e Dominic Cummings, confirmou que iria pedir a suspensão do Parlamento à rainha Isabel II. A monarca, figura meramente decorativa na vida política britânica, outro remédio não teve a não ser ordenar essa mesma suspensão. Sob uma chuva de acusações de deriva ditatorial e antidemocrática por parte de Boris, arrastando a rainha para a guerra do Brexit entre o governo e o Parlamento..Numa corrida contra o tempo, antes de o Parlamento ser suspenso, algo que aconteceu já na madrugada do passado dia 10, os deputados aprovaram uma lei destinada a travar um No Deal Brexit a 31 de outubro e a obrigar o governo a pedir um novo adiamento. Mais de duas dezenas de deputados conservadores rebeldes juntaram-se à oposição, contra Boris. Apesar de tudo, este disse preferir aparecer morto numa vala do que pedir novo adiamento da saída à UE..No meio da confusão, dos gritos, dos insultos, dos apelos à Ordem do speaker dos Comuns John Bercow, Rees-Mogg ainda conseguiu escandalizar tudo e todos ao refastelar-se nos bancos verdes da câmara. Como se estivesse num spa..Entre as dissidências, aquela que mais mágoa causou em Boris foi, até agora, a do seu irmão. Jo Johnson demitiu-se de secretário de Estado da Economia e de deputado eleito - há nove anos - pela circunscrição de Orpington..Suspensão do Parlamento à espera do Supremo Tribunal.Na segunda-feira, quando o Parlamento realizou a sua última sessão, os deputados aprovaram duas moções: uma para obrigar Boris a divulgar os documentos da Operação Yellow Hammers sobre o verdadeiro impacto de um No Deal Brexit e as mensagens privadas trocadas entre o governo e alguns funcionários públicos sobre a suspensão do Parlamento; outra para obrigar o primeiro-ministro a cumprir a lei aprovada pelos deputados..Pelo meio, rejeitaram, pela segunda vez em poucos dias, uma moção apresentada pelo líder conservador no sentido de haver eleições antecipadas a 15 de outubro (dois dias antes do Conselho Europeu decisivo). Oposição só aceita eleições em novembro. Por outro lado, avalia a hipótese de um segundo referendo..No primeiro caso, o executivo só divulgou seis páginas sobre o impacto do No Deal e rejeitou divulgar mensagens privadas, à luz da proteção de dados. No segundo, ainda está para se ver..Na terça-feira é esperada a decisão final do Supremo Tribunal britânico sobre a legalidade do pedido de suspensão do Parlamento, feito por Boris à rainha. Se for legal, aquele permanece suspenso. Se for ilegal, a guerra governo-parlamento continua.
O Parlamento britânico encontra-se suspenso. Se não houver decisão judicial em contrário, até ao dia 14 de outubro - 17 dias antes da data prevista para a saída dos britânicos da União Europeia. E ainda sem se saber se o Brexit acontecerá com ou sem acordo, três anos depois de os britânicos terem votado em referendo numa saída (52% a favor e 48% contra)..O Brexit conseguiu pôr todos contra todos e ainda hoje muitos se perguntam como é que uma coisa destas foi possível. Mas foi. E com muitas peripécias pelo meio. Sobretudo em Londres. Estes são apenas alguns exemplos..Clegg e Cameron: as assunções não confirmadas.Em 2008, no Guardian, o então líder dos liberais-democratas publicou um artigo intitulado "Ask the under-50s" (Façam a pergunta a quem tem menos de 50 anos). Nick Clegg argumentava que se houvesse um referendo sobre o Reino Unido e a União Europeia, que as pessoas mais novas votariam pela permanência. O problema foi que, em 2016, quem acorreu em massa às urnas foram os mais velhos..Mais tarde, entre 2010 e 2015, Clegg foi vice-primeiro-ministro de David Cameron, então líder do Partido Conservador. Segundo disse o atual presidente do Conselho Europeu, o polaco Donald Tusk, à BBC Two, Cameron prometeu o referendo sobre a permanência do Reino Unido na UE porque achava que ele não ia acontecer. "Eu perguntei a David Cameron "porque é que decidiste fazer este referendo - é tão perigoso, estúpido até, sabes. Então ele disse-me - e eu fiquei surpreendido e chocado - que a única razão era o seu próprio partido".".Ao Inside Europe: 10 Years of Turmoil, Tusk disse que Cameron parecia seguro de que Clegg não aceitaria o referendo. "Ele disse-me que se sentia à vontade porque, ao mesmo tempo, achava não existir risco de haver mesmo um referendo. Isto porque o seu parceiro de coligação, os liberais-democratas, iria bloquear a ideia. Mas depois, surpreendentemente, ele ganhou as eleições e não precisou de renovar a coligação. Então, paradoxalmente, David Cameron tornou-se vítima da sua própria história.".Quando o tribunal forçou May a consultar os deputados.Depois de suceder a David Cameron no n.º 10 de Downing Street, Theresa May achava que o governo podia, sozinho, em nome da prerrogativa real, ativar o artigo 50.º do Tratado de Lisboa. Mas enganou-se redondamente. Uma ação apresentada em tribunal pela empresária Gina Miller argumentava que só o Parlamento o podia fazer. E em janeiro de 2017 o Supremo Tribunal britânico deu-lhe razão e decidiu que May tinha de ter primeiro autorização do Parlamento e só depois ativar o artigo 50.º e começar a negociar com a UE 27..Assim, a 29 de março de 2017, May enviou uma carta a pedir a saída da UE, tendo a data de saída do Reino Unido ficado prevista para 29 de março de 2019. Algo que não veio a acontecer ainda porque os britânicos pediram, entretanto, duas extensões daquele mesmo artigo 50.º. Isto porque o Parlamento britânico chumbou três vezes o acordo do Brexit assinado entre May e a UE 27 e não encontrou, entretanto, uma alternativa..A questão problemática é o backstop, mecanismo de salvaguarda destinado a impedir o regresso de uma fronteira física entre a Irlanda do Norte e a República da Irlanda. Os britânicos são contra ele, os irlandeses e a UE 27, unida, não abdicam dele - ou de algo que tenha exatamente o mesmo efeito (algo que até agora ninguém conseguiu inventar)..Tories perderam a maioria, voto útil e deserções acabaram de vez com ela.Gina Miller diz que fez o que tinha a fazer, apesar de ter chegado a receber ameaças de morte. Em maio deste ano, Miller lançou o Remain United, um site que explica como, através do voto útil, os britânicos podem afastar do poder os políticos pró-Brexit ou pró-No Deal Brexit. Foi isso que aconteceu nas eleições intercalares de agosto em Brecon e Radnorshire, País de Gales, quando, com o apoio da oposição, a candidata dos liberais-democratas derrotou o candidato dos conservadores. A maioria conservadora ficou então reduzida a um deputado apenas (contando já com os dez aliados do Partido Unionista Democrático da Irlanda do Norte)..Os conservadores perderam a maioria absoluta conquistada por Cameron quando Theresa May, a sua sucessora, decidiu legitimar-se nas urnas em 2017. As sondagens davam-lhe vantagem confortável. Mas no espaço de um mês tudo mudou. Nas legislativas de 8 de junho desse ano, os Tories perderam 13 deputados e o Labour de Jeremy Corbyn ganhou 30..A machadada final na maioria conservadora deu-se no passado 3 de setembro, quando o deputado rebelde Phillip Lee se levantou durante o discurso de Boris Johnson, que em julho sucedeu a May no governo, e foi sentar-se na bancada liberal-democrata. A juntar a isto mais de duas dezenas de deputados conservadores rebelaram-se entretanto contra o atual primeiro-ministro, depois de terem sido ameaçados de expulsão do partido caso alinhassem com a oposição..As três moções de censura contra Theresa May.A ex-primeira-ministra britânica e ex-líder do Partido Conservador insistiu até à última em afirmar que o seu acordo do Brexit era o melhor possível e que o seu compromisso com os britânicos era fazer acontecer o Brexit como eles pediram no referendo. Várias vezes foi hostilizada..Primeiro, dentro do partido, houve quem promovesse uma moção de censura interna contra ela. Em dezembro de 2018, Jacob Rees-Mogg, brexiteer radical, líder do think tank eurocético European Research Grup, tentou. Mas acabou por falhar. O ERG foi criado nos anos 1990 precisamente contra a decisão de John Major em assinar o Tratado de Maastricht pelo Reino Unido..No mesmo mês, Corbyn apresentou uma moção de censura contra May. Como era apenas contra ela e não contra o governo, não teve de ser aceite a debate. O executivo matou-a à partida. Acusado várias vezes de não apresentar alternativas e de na verdade não querer eleições, Corbyn acabou por apresentar uma moção de censura contra todo o governo a 15 de janeiro. Também esta acabou por não conseguir derrotar May..Esta acabaria apenas por se demitir em julho, após forte pressão e demissões no governo, tendo sido substituída por Boris Johnson. Para a história ficará o seu discurso emocionado à porta do n.º 10 de Downing Street. "Eu adoro o meu país", disse, em lágrimas..Conservadores juntaram-se à oposição contra um No Deal.Desde que chegou ao poder, Boris Johnson tem repetido um mantra: O Reino Unido vai sair da UE a 31 de outubro, com ou sem acordo. Isso fez soar alertas, pois se alguns achavam difícil de acontecer uma saída sem acordo, um No Deal Brexit, com o novo primeiro-ministro esse cenário passou a ser bastante provável..Após semanas de rumores - e de desmentidos -, o líder do executivo conservador, dominado por brexiteers radicais como Jacob Rees-Mogg e Dominic Cummings, confirmou que iria pedir a suspensão do Parlamento à rainha Isabel II. A monarca, figura meramente decorativa na vida política britânica, outro remédio não teve a não ser ordenar essa mesma suspensão. Sob uma chuva de acusações de deriva ditatorial e antidemocrática por parte de Boris, arrastando a rainha para a guerra do Brexit entre o governo e o Parlamento..Numa corrida contra o tempo, antes de o Parlamento ser suspenso, algo que aconteceu já na madrugada do passado dia 10, os deputados aprovaram uma lei destinada a travar um No Deal Brexit a 31 de outubro e a obrigar o governo a pedir um novo adiamento. Mais de duas dezenas de deputados conservadores rebeldes juntaram-se à oposição, contra Boris. Apesar de tudo, este disse preferir aparecer morto numa vala do que pedir novo adiamento da saída à UE..No meio da confusão, dos gritos, dos insultos, dos apelos à Ordem do speaker dos Comuns John Bercow, Rees-Mogg ainda conseguiu escandalizar tudo e todos ao refastelar-se nos bancos verdes da câmara. Como se estivesse num spa..Entre as dissidências, aquela que mais mágoa causou em Boris foi, até agora, a do seu irmão. Jo Johnson demitiu-se de secretário de Estado da Economia e de deputado eleito - há nove anos - pela circunscrição de Orpington..Suspensão do Parlamento à espera do Supremo Tribunal.Na segunda-feira, quando o Parlamento realizou a sua última sessão, os deputados aprovaram duas moções: uma para obrigar Boris a divulgar os documentos da Operação Yellow Hammers sobre o verdadeiro impacto de um No Deal Brexit e as mensagens privadas trocadas entre o governo e alguns funcionários públicos sobre a suspensão do Parlamento; outra para obrigar o primeiro-ministro a cumprir a lei aprovada pelos deputados..Pelo meio, rejeitaram, pela segunda vez em poucos dias, uma moção apresentada pelo líder conservador no sentido de haver eleições antecipadas a 15 de outubro (dois dias antes do Conselho Europeu decisivo). Oposição só aceita eleições em novembro. Por outro lado, avalia a hipótese de um segundo referendo..No primeiro caso, o executivo só divulgou seis páginas sobre o impacto do No Deal e rejeitou divulgar mensagens privadas, à luz da proteção de dados. No segundo, ainda está para se ver..Na terça-feira é esperada a decisão final do Supremo Tribunal britânico sobre a legalidade do pedido de suspensão do Parlamento, feito por Boris à rainha. Se for legal, aquele permanece suspenso. Se for ilegal, a guerra governo-parlamento continua.