COMENTÁRIO: Portugal de garra bate Japão na Liga Mundial de Voleibol

Portugal venceu hoje o Japão, por 3-2, para o grupo 2 da Liga Mundial de voleibol, em Poprad, na Eslováquia, num encontro em que, com garra, determinação e muita luta, recuperou de uma desvantagem de 2-1.
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Na partida que opunha os dois derrotados da jornada inaugural, e que pela 11.ª vez se cruzavam na Liga Mundial, Portugal entrou melhor e venceu o primeiro parcial, por 25-21, mas o apagão sofrido levou a que o Japão vencesse os restantes dois por 25-19 e 25-21.

Já no quarto 'set', quando quase ninguém acreditava que o triunfo fugisse ao Japão, que vencia por 24-23 e dispunha do serviço para acabar o jogo, Valdir Sequeira, depois de um toque na rede do adversário (24-24), deu a volta e meteu dois serviços diretos (26-24), que entusiasmaram o público no pavilhão.

A vitória acabou por sorrir a Portugal na 'negra', por 15-9, tal como na sexta-feira pendeu na sexta-feira para a Austrália (3-2), que assim somou dois pontos pelo triunfo no grupo B2 da Liga Mundial2017, contra um do Japão (derrota por 2-3).

O encontro principiou da pior forma para a seleção portuguesa, que sofreu a contrariedade da lesão do central Marcel Gil na disputa do primeiro ponto, numa descida de rede após bloco, e que levou o selecionador Hugo Silva a lançar o jovem Phelipe Martins.

Portugal reagiu bem à situação e impondo o seu jogo, rápido e variado, alicerçado num serviço agressivo, atingiu o primeiro tempo técnico a vencer por quatro pontos (8-4), vantagem que à passagem do segundo já se situava em seis (16-10).

A seleção portuguesa abriu a margem no marcador para sete pontos, aos 18-11, mas alguns erros e um ligeiro afrouxar permitiu ao Japão meter um parcial de seis pontos consecutivos e diminuir a diferença para apenas dois, aos 18-16.

Soado o alerta, Portugal voltou a mostrar consistência no seu jogo ofensivo e defensivo, com destaque para o bloco, respondeu com três pontos consecutivos e fechou o primeiro 'set' aos 25-21, com um ataque no centro da rede de Filip Cveticanin.

No segundo parcial, Portugal esteve longe dos índices demonstrados no anterior e, a acumular erros, permitiu à seleção nipónica, rápida na construção de jogo e a defender, atingir o primeiro tempo técnico a vencer por 8-5.

O avolumar da vantagem da seleção japonesa, que aumentou para cinco pontos aos 13-8, com um parcial de três pontos consecutivos, levou o selecionador Hugo Silva a solicitar pausa técnica para meter alguma ordem nos seus jogadores.

O Japão manteve-se por cima no encontro, perante uma seleção lusa algo perdida em campo e ineficaz na construção do seu jogo, e depois de atingir o segundo tempo técnico a vencer por 16-12, fechou o 'set' aos 25-19, empatando o encontro a 1-1.

O equilíbrio marcou a parte inicial do atípico terceiro parcial, em que a seleção portuguesa liderou praticamente até aos 18-16, depois de atingir em vantagem o primeiro e segundo tempos técnicos (8-7 e 16-12), mas em que sofreu um apagão.

A seleção nipónica empatou aos 18-18 e, já depois de Portugal voltar à liderança, aos 19-18, meteu um parcial de seis pontos consecutivos que deixou os homens de Hugo Silva a perder por 24-19, que lhe permitiu fechar aos 25-21 e chegar à vantagem de 2-1.

O equilíbrio foi uma constante ao longo do quarto parcial, em que Portugal atingiu o primeiro tempo técnico em vantagem, aos 8-7, depois de recuperar de uma desvantagem de três, e o Japão chegou à frente ao segundo, com três pontos à maior (16-13).

Portugal teve uma boa reação e empatou com um parcial de três pontos consecutivos, aos 16-16, e depois das sucessivas igualdades na parte final do set, salvou uma bola para o Japão fechar o jogo e venceu com dois serviços diretos de Valdir Sequeira, aos 26-24.

Na discussão, pela segunda vez, da vitória na 'negra', a seleção portuguesa teve uma atuação de garra a todos os níveis irrepreensível e venceu por 15-09, fechando o jogo em 3-2 a seu favor.

Jogo na Arena Poprad, Eslováquia.

Japão - Portugal, 2-3.

Parciais: 21-25 (28 minutos), 25-19 (31), 25-21 (31), 24-26 (31) e 15-09 (20).

Sob a arbitragem de Sinisa Isajlovic (Áustria) e de Marcelo Pierobón (Argentina), as equipas alinharam:

- Japão: Akihiro Yamauchi, Naonobu Fugii, Masahiro Yanagida, Shuzo Yamada, Haku Ri e Hiroaki Asano - seis inicial. Jogaram ainda Taiki Tsoruda (líbero), Hideomi Fukatsu, Yuki Ishikawa e Issei Otake.

Selecionador: Philippe Blain.

- Portugal: Marcel Gil, Filip Cveticanin, Marco Ferreira, Alexandre Ferreira, Tiago Violas e João Simões - seis inicial. Jogaram ainda Ivo Casas (libero), Phelipe Martins, Lourenço Martins, Valdir Sequeira, Miguel Tavares Rodrigues e Afonso Guerreiro.

Selecionador: Hugo Silva.

Assistência: cerca de 800 espectadores.

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