Combustível derramado na Portela chega ao Tejo
Camião cisterna tombou no aeroporto e entornou cinco mil litros
O derrame acidental de cinco mil litros de combustível que ontem originou uma mancha de poluição no rio Tejo resultou de um acidente que envolveu um camião cisterna da Petrogal, ocorrido dentro do perímetro do Aeroporto de Lisboa. A ANA, Aeroportos e Navegação Aérea, que gere aquela infra-estrutura, anunciou a abertura de um inquérito para apurar responsabilidades do acidente.
O derrame aconteceu durante a madrugada na rede de estradas interna do aeroporto, tendo o produto atingido a rede de drenagem, apesar de o Serviço de Socorros o ter tentado conter.
A empresa assegurou que estão já a ser tomadas medidas para minimizar os impactos ambientais causados. Em comunicado, a ANA acrescentou que o local onde se deu o acidente não dispõe de recolha e tra- tamento de hidrocarbonetos (compostos químicos existentes nos óleos e combustíveis).
A mancha de combustível foi detectada cerca das 8.00 no Rio Tejo, junto ao Parque das Nações. Técnicos municipais e bombeiros do regimento de sapadores procederam à abertura das caixas de visita da rede de esgotos junto à Gare do Oriente, que faz a separação entre os efluentes do aeroporto e os domésticos, para avaliar se a matéria poluente encontrada no Tejo provinha do Aeroporto de Lisboa. De acordo com técnicos no local, o problema aconteceu devido a uma sobrecarga dos fluidos na rede de esgotos que galgaram o sistema de separação das águas para tratamento e foram directamente para a conduta das águas pluviais.
A Galp Energia abriu também um inquérito interno ao acidente. A remoção da mancha de hidrocarbonetos foi dificultada pelo vento.