Combater tráfico de combustíveis é nova tarefa do Arpão no Mediterrâneo

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O combate ao contrabando de combustíveis é a mais recente tarefa que a guarnição do submarino Arpão está encarregue de executar na missão no Mediterrâneo, que é liderada por um oficial general espanhol a partir do navio-chefe que comanda a Operação Sophia (UE): o Cantabria, no qual o oficial encarregue de distribuir tarefas aos vários submarinos europeus é português.

A responsabilidade do combate ao tráfico de combustível foi aprovada em setembro, juntando-se à lista das que já são cumpridas - identificar e "eliminar ativos" (navios, embarcações, traficantes ou contrabandistas), combater o tráfico de imigrantes irregulares e de armas em alto--mar - pelos navios de superfície e aeronaves envolvidos na terceira fase da Operação Sophia, disse ao DN o comandante do submarino, primeiro-tenente Henriques Frade.

No caso do combate ao contrabando de combustíveis pela força naval da UE (Eunavfor) no Mediterrâneo procura-se atingir dois objetivos: evitar o financiamento de grupos terroristas e criminosos e garantir que o lucro desses produtos reverte para os Estados produtores. Para isso, e além do Arpão, que navega a cerca de 15 metros de profundidade desde a passagem no estreito de Gibraltar para não ser detetado no percurso ao longo da costa africana (ver infografia), a Operação Sophia está a ser executada pelo navio reabastecedor Cantabria (Espanha), por um navio patrulha irlandês e três fragatas (Itália, Alemanha e França). Quanto aos meios aéreos, estão destacados dois helicópteros (espanhol e italiano) e três aeronaves de vigilância marítima (uma espanhola e duas do Luxemburgo).

Esta missão do submarino dura 60 dias, metade em plena área de operações - e os restantes em trânsito de e para Lisboa (em que a guarnição continua a recolher dados de interesse nacional). "Somos os olhos onde a vista não alcança", assinalou Henriques Frade, destacando a importância de se estudar "o padrão de vida dos navios mercantes antes de chegarem a águas portuguesas" para, nessa altura, as autoridades nacionais terem "maior controlo sobre o que lá se vai passar" durante a passagem dessas embarcações.

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