Coleção de Numismática do Novo Banco vai estar acessível a investigadores

A Coleção de Numismática do Novo Banco vai estar acessível aos investigadores da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (FCSH) da Universidade Nova de Lisboa, no âmbito de uma parceria que será hoje assinada, na sede do banco.
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De acordo com um comunicado do Novo Banco (NB), o protocolo irá disponibilizar a Coleção de Numismática aos investigadores e a projetos académicos.

A iniciativa insere-se no âmbito do projeto NB Cultura, criado com o compromisso de disponibilizar à fruição pública o património cultural e artístico do banco, através de parcerias com entidades públicas e privadas, como universidades e museus, de âmbito nacional e regional.

Este protocolo de cooperação com a FCSH visa "impulsionar a visibilidade e acessibilidade da coleção a grupos de investigadores e estudiosos da Universidade", segundo o comunicado.

O protocolo prevê, entre outros, o incentivo e promoção da investigação e produção de trabalhos conjuntos nas áreas em questão, a colaboração no estudo e divulgação da coleção e promoção de visitas ao museu dentro do programa de estudos e investigação da Universidade Nova - FCSH.

Serão ainda difundidos, por ambas as partes, documentos e publicações de interesse comum relacionados com a numismática e editados por qualquer uma das entidades, e a colaboração na promoção de exposições, acrescenta o NB.

O banco criou este ano o conceito NB Cultura para reunir toda a coleção, com o objetivo de preservar e divulgar o seu património, assente em quatro áreas.

Além da Coleção de Numismática, reúne a Coleção de Pintura, com um conjunto de obras relevantes de pintura portuguesa e europeia de várias épocas, que conta com um programa de depósitos em museus nacionais, a Coleção de Fotografia Contemporânea, que, segundo a entidade, vai marcar presença no programa da Arco Lisboa 2018 que decorre de 17 a 20 de maio, e a Biblioteca de Estudos Humanísticos, entregue em depósito à Biblioteca da Faculdade de Letras de Lisboa.

A Coleção de Numismática Carlos Marques da Costa, que conta com um novo programa de visitas ao acervo, foi alvo da abertura, em 2015, de um processo de classificação pela Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) como tesouro nacional, por ser considerada o mais importante e valioso conjunto no género existente em Portugal.

Esta coleção é composta por 16.575 exemplares e acompanha a emissão de moeda ao longo de 2.000 anos, desde a Antiguidade e ao longo da história de Portugal, reunindo peças de antigas colónias, nomeadamente Brasil, Moçambique e Angola.

De acordo com o Fórum de Numismática, a coleção foi reunida ao longo de quatro décadas pelo empresário e colecionador Carlos Marques da Costa - natural de Lisboa e falecido em 2011 -, "um apaixonado pela numismática".

A coleção - que pertence ao NB - inclui raridades, como "o Português", que Carlos Marques da Costa definiu como uma "moeda ímpar na numária portuguesa, pelo seu significado político, económico e propagandístico".

Durante cerca de 70 anos foi a moeda de ouro mais pesada cunhada por um país europeu, sublinha o Fórum Numismática.

A sessão de assinatura contou com a presença do diretor da FCSH da Universidade Nova de Lisboa, Francisco Caramelo, de Catarina Tente, professora da área de História/Arqueologia, e de António Ramalho, administrador do Novo Banco, bem como do embaixador oficial do NB Cultura e membro do Conselho Geral e de Supervisão, Robert Sherman.

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