Cofina equipara revistas a jornais

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A Cofina Media decidiu reorganizar a área das revistas, equiparando-a à dos jornais com a finalidade de rentabilizar sinergias. A estratégia é forte e implica alterações de fundo, numa altura em que vários órgãos de comunicação social investem na mudança e na maximização de meios. Mas não confirma, de todo, o rumor que dava como certo o despedimento de 40 pessoas no grupo.

"É tudo mentira", reitera Armandino Geraldes, da agência de comunicação Cunha Vaz & Associados, criticando o que considera ser "uma invenção maldosa" para denegrir a empresa. "Não há nenhum plano em curso para despachar pessoas", desfere. Em causa está a saída dos administradores Teresa Dias Neves e Vasco Taveira, até à data responsáveis por algumas empresas ligadas à área das revistas, que viram os seus lugares desaparecer em função da nova dinâmica. Esta agrupará a gestão das revistas e jornais, que deixam de ter administrações diferentes para passarem a reportar directamente à administração da Cofina.

"Houve dois administradores que ficaram sem lugar na sequência desta reorganização, sim. Mas eles próprios foram parte activa no processo e aproveitaram para rescindir quando viram chegado o momento de abraçar projectos pessoais. Não foram despedidos", diz Geraldes.

Luís Santana, actual administrador da Cofina Media, irá superintender também a área das revistas, numa acumulação de pelouros. Para o presidente do conselho de administração do grupo, Paulo Fernandes, a reestruturação terá a vantagem de criar "um modelo simétrico nas duas principais áreas de negócios de media da Cofina". E daí resulta que a empresa passe a "uma só estrutura, criando sinergias" que podem estender-se ao marketing, aos colunistas ou a decisões editoriais. Paralelamente, a Cofina decidiu rever a sua relação com o mercado ao nível do comissionamento das agências, deixando de pagar já a partir de 2007.

Apesar do optimismo inerente à mudança, os profissionais não deixam de se sentir apreensivos. Sobretudo a TV Guia Editores (inclui a TV Guia, Flash e Novelas), que registou os melhores resultados de audiência e vendas desde 2003, ano em que a Cofina a comprou à RTP. Em Portugal, além dos jornais Correio da Manhã, Jornal de Negócios e Record, o grupo tem ainda a Sábado e outras publicações de informática e lazer.

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