Em comunicado, os Verdes consideraram condenável esta decisão da administração norte-americana, tendo em conta que "significa a demissão de um dos maiores emissores de gases com efeito de estufa (representando um total de cerca de 18 por cento das emissões mundiais) do objetivo de combater e mitigar o aquecimento global do planeta".."Trump declarou hoje, formalmente, guerra à sustentabilidade do planeta, pondo em causa o único documento existente ao nível mundial para se poder enfrentar globalmente as alterações climáticas", referiu o partido ecologista em comunicado..Numa comunicação nos jardins da Casa Branca, em Washington, Donald Trump confirmou hoje a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris e disse que está preparado para negociar um novo tratado. .O Acordo de Paris "é um exemplo desvantajoso para os Estados Unidos", disse Donald Trump, que considerou o tratado como sendo pouco exigente para com a China e a Índia..O PEV disse esperar que os signatários do acordo de Paris continuem o seu trabalho para o cumprimento dos objetivos do tratado e que encontrem mecanismos que não permitam que os EUA possam beneficiar economicamente pelo facto de não pretenderem colaborar nessa luta global necessária. .O partido ecologista português disse ainda esperar que os ecologistas norte-americanos, bem como os ecologistas ao nível global, sejam proativos na contestação a esta decisão de Trump.. "Trump não pode ganhar com esta aberração de abandonar o acordo de Paris, porque o mundo (incluindo EUA) perde com ela", adianta o PEV..Concluído em 12 de dezembro de 2015 na capital francesa, assinado por 195 países e já ratificado por 147, o acordo entrou formalmente em vigor em 04 de novembro de 2016, e visa limitar a subida da temperatura mundial reduzindo as emissões de gases com efeito de estufa..Portugal ratificou o acordo de Paris em 30 de setembro de 2016, tornando-se o quinto país da União Europeia a fazê-lo e o 61.º do mundo..O acordo histórico teve como "arquitetos" centrais os Estados Unidos, então sob a presidência de Barack Obama, e a China, e a questão dividiu a recente cimeira do G7 na Sicília, com todos os líderes a reafirmarem o seu compromisso em relação ao acordo, com a exceção de Donald Trump.