Clientes queixam-se do preço das francesinhas
"Mais pequena e mais cara." É esta, resumidamente, a opinião da maioria das pessoas que o DN encontrou no Festival da Francesinha, a decorrer, pelo sexto ano consecutivo, no Jardim do Calém, à Foz Velha, Porto. Mas mesmo assim, sábado à noite o recinto estava cheio de apreciadores desta especialidade inventada na década de 50 por um emigrante que passou parte da vida em França e na Bélgica.
Sentados em bancos de madeira corridos, ou em cadeiras de plástico assentes em relva ou terra batida, os visitantes do evento, que encerra no próximo domingo, deliciavam-se, em pratos descartáveis, com os mais variados tipos de francesinhas servidos pelos 12 restaurantes representados no recinto, entre eles o Surbias, Mucaba, Estrela Vigorosa, Cervejaria Diu e Alicantina. Mas antes, os clientes têm de esperar algum tempo na fila para efectuar o pedido: "O pré-pagamento é obrigatório e não há cunhas nem para os amigos", disse ao DN uma funcionária de um conhecido restaurante.
"Vimos cá todos os anos e este parece ser o pior", disse José Castro que, com mais sete amigos resolveu ir até à marginal do Douro comer uma francesinha. "A quantidade é menor e o preço aumentou um bocado desde a última edição", disse, por seu lado Nuno Silva.
Numa mesa mais à frente estava outro grupo de amigos. Todos comiam francesinhas, à excepção de André Oliveira, que tinha à sua frente apenas uma caneca de cerveja. Porque? "Acho isto um nojo, era incapaz de comer aqui", disse ao DN, acrescentando que "se a ASAE entrasse aqui fechava isto tudo".
Este ano, os preços oscilam entre os 7,5 e os dez euros, consoante o tipo de francesinha. A imperial custa um euro.|