Clientes do BPI pagam menos em serviços básicos

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Os clientes do Banco BPI podem sair prejudicados com uma possível fusão entre esta instituição e o Banco Comercial Português (BCP). Para quem possui uma conta à ordem, um cartão de débito e de crédito, usa cheques ou faz transferências ocasionais , as comissões cobradas pelo BCP são, em média, superiores às praticadas pelo BPI, de acordo com uma análise feita pelo DN.

Para fazer face a uma eventual perda de clientes, no caso da oferta pública de aquisição (OPA) lançada sobre o BPI vir a ter sucesso, Paulo Teixeira Pinto terá de alterar alguns pontos do seu preçário, para nivelar, por baixo, as comissões pagas pelos clientes dos dois bancos.

No caso das despesas de manutenção de contas à ordem, estas só são cobradas, nos dois bancos, se o saldo médio trimestral dos depósitos foram inferior a 750 euros. No entanto, enquanto para estas situações o BPI cobra 12,5 euros trimestralmente, o BCP aplica uma comissão de 15 euros, por igual período.

Também os cheques são mais caros no banco de Paulo Teixeira Pinto: por 20 pedidos ao balcão paga-se 11 euros no BCP, contra 7,50 euros no BPI. Requisitados através dos canais automáticos, um cliente BCP paga 10 euros por cada 20 cheques, enquanto o do BPI gasta 4,25 euros.

No que respeita aos cartões de débito, o BCP não cobra a primeira anuidade e aplica uma comissão de 7 euros no segundo ano. O BPI, por seu lado, cobra logo a primeira anuidade, que é de 6 euros. Quanto aos cartões de crédito de crédito, a oferta é vasta, nos dois casos. No entanto, é o BPI que apresenta a anuidade mais baixa, de 10 euros, contra um valor mínimo do BCP de 15 euros.

Por último, de referir as transferências, com os dois bancos a oferecerem este tipo de operações gratuitamente, quando feitas através do canal on-line, para contas com os mesmo titulares. No caso do BPI a comissão mais baixa cobrada por cada transferência é de 75 cêntimos, enquanto no BCP o valor mínimo cobrado é de 30 cêntimos. Estes são alguns dos serviços básicos, a cujas comissões o cliente bancário comum é mais sensível. Estes valores, recolhidos junto das instituições, são meramente indicativos, podendo o cliente obter melhores preços, dependendo do seu envolvimento com o banco.

Quando há uma fusão bancária, a perda marginal de clientes ronda os 5% e resulta mais de factores emocionais do que de outra natureza. No entanto, muitos clientes reagem igualmente aos custos, com as comissões mais visíveis a ditarem algumas decisões. O BCP terá de agir, para não perder, atendendo ao valor indicativo , cerca de 70 mil clientes do BPI. C

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