Cláudia Raia: a verdadeira artista aos 30 anos de carreira
Cláudia Raia mente na idade. Não nos anos de vida - são 48 assumidos - mas nos de carreira. Raia 30, o Musical faz do papel da dançarina de cabaré Ninon, de Roque Santeiro, o marco zero da sua vida artística. Mas como é sugerido no espetáculo que se estreou na quinta-feira no Theatro Net, em São Paulo, e na conversa que manteve na véspera com o DN, o ponto de partida da carreira de uma das primeiras triple threat (canta, dança e representa) do Brasil é muito anterior.
"Tinha 7 anos e insisti com a minha mãe [a também bailarina Odette] para ver o espetáculo dos Dzi Croquettes [grupo de teatro transgressivo dos anos 70] em São Paulo", conta. "Fiquei escondida no teatro, quando terminou fui falar com o criador, o americano Lennie Dale, e com a petulância de uma menina de 7 anos disse-lhe "sei fazer o que você faz e quero ser igual a você". Ele respondeu "faz lá então", eu fiz, ele ficou boquiaberto." A partir daí tornou-se o primeiro padrinho de Cláudia.