Cirque du Soleil, a magia de um império de entretenimento

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A companhia traz a Lisboa o primeiro espectáculo de arena

Considerada a maior companhia de entretenimento do mundo, o Cirque du Soleil está de regresso a Lisboa para apresentar o seu primeiro espectáculo de arena. De 28 de Novembro a 2 de Dezembro, o Pavilhão Atlântico receberá Delirium, espectáculo com capacidade para sete mil espectadores e cujos bilhetes estarão à venda a partir da próxima sexta-feira (preços entre 35 e 65 euros).

Quem diria que um hippie que, nos idos de 70, tocava acordeão nas ruas de Montreal, Canadá, criaria um empreendimento cultural/económico capaz de se tornar num caso de estudo para economistas de universidades com o prestígio do INSEAD, ganhar prémios como o de Empreendedor do Ano da Ernst & Young (ao lado de nomes como Belmiro de Azevedo) ou ser capa da revista Forbes? Ele é Guy Laliberté que, em conjunto com Daniel Gauthier, fundou em 1984, no Canadá, o Cirque du Soleil. Tinham sido artistas de rua e responderam a um repto para criar um espectáculo para as celebrações dos 450 anos da descoberta do Canadá.

O Cirque du Soleil integra e foi precursor do chamado novo circo, no sentido em que abandonou as linhas tradicionais do "maior espectáculo do mundo", cuja fórmula está em decadência. Baseiam-se no não uso de animais e chamam para cena uma multiplicidade de linguagens e técnicas artísticas - circo, ópera, dança, teatro, música, etc. - que, num laboratório de magia, sonho e imaginação, os levou a uma espiral de crescimento e sucesso.

O Cirque du Soleil já foi visto por mais de 50 milhões de pessoas. Para além das produções fixas, muitos dos seus espectáculos rodam pelos sete cantos do mundo, sendo o multiculturalismo uma das bases da filosofia das suas criações. A companhia busca artistas e números em todo o planeta e é conhecida pela sua brilhante realização técnica e plástica. Cada espectáculo desenvolve um tema específico e a companhia criou até um curioso dialecto próprio - o Cirquish - língua habitualmente utilizada nas suas apresentações.

Guy Laliberté e a sua equipa alimentam uma gigantesca máquina de sonhos. Para que cada um, diz ele, "tenha a capacidade de sonhar e concretizar os seus".

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