Cientistas apoiam-se na sonda Cassini para procurar o Planeta Nove
A sonda Cassini-Huygens foi lançada em 1998 e desde 2004 que está na órbita de Saturno, a recolher dados e a enviar de volta fotografias do planeta anelado do Sistema Solar exterior. Agora, pode ser usada num projeto recém-nascido: a procura de um novo planeta na zona mais longínqua do Sistema Solar.
Uma equipa de quatro cientistas franceses propuseram um novo modelo para ajudar a encontrar o misterioso planeta, que foi apresentado em janeiro pelos investigadores da Caltech Mike Brown e Konstantin Batygin. Para fundamentar a descoberta do planeta, Brown e Batygin tinham para mostrar a comprovação matemática da sua existência, mas ainda ninguém o viu. Agora, um quarteto científico do Observatório de Paris propõe um método para ajudar a encontrá-lo.
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Segundo o modelo matemático e Brown e de Batygin, é possível saber que o chamado Planeta Nove existirá numa parte muito distante do Sistema Solar, e que demora entre 10 mil e 20 mil anos a dar uma volta ao Sol. Mas isso deixa uma área de busca extensíssima. Os quatro cientistas do Observatório de Paris propõem uma técnica que permite excluir certas áreas do espaço para procurar o novo planeta, usando um modelo matemático que estuda os movimentos dos planetas que conhecemos.
O estudo, publicado na revista científica Astronomy & Astrophysics [link abre em PDF], apoiou-se em informação da sonda Cassini para estudar com muito pormenor o movimento e a posição do planeta Saturno, o que permite usar números muito precisos. Comparando a posição real dos planetas e a forma como o Planeta Nove influenciaria a sua posição dependendo do sítio onde se encontrasse, os cientistas conseguiram excluir duas zonas do Sistema Solar distante - marcadas a castanho na imagem abaixo, divulgada pela Agence France Presse.
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