Ciclista demitido perde processo contra Benfica
Pecharromán foi demitido em Dezembro de 2007 pela equipa de ciclismo do Benfica, gerida pela Lagos Bike, por ter violado os regulamentos internos, que obrigavam os corredores a informar a formação sobre todos os medicamentos que usavam por indicação de médicos que não o do clube ou remédios de venda livre. Foi esta a justificação avançada pelos responsáveis dos encarnados.
Mas o medicamento que o espanhol tomou (remédio para a queda de cabelo, com finasterida, proibida nessa altura porque era eficaz a mascarar a dopagem com anabolizantes quando os laboratórios faziam as análises) provocou afinal um controlo positivo, na Clássica de los Puertos.
O corredor foi demitido, mas apresentou uma acção no Julgado Social número 1 de Ciudad Real, em Espanha, impugnando a demissão. Pecharromán venceu esta primeira batalha – o despedimento foi anulado e o Benfica condenado a pagar uma indemnização de 54 mil euros –, mas os encarnados recorreram para o Tribunal Superior de Justiça de Castilla-La Mancha (TSJCLM).
Segundo a EFE, o TSJCLM concluiu que o uso de uma substância proibida como a finasterida constituiu uma conduta voluntária, culposa e grave, que justificou o despedimento por justa causa, sem direito a indemnização. De acordo com a mês a agência, Pecharromán ainda tem direito a recorrer desta decisão, dentro do próprio Tribunal Superior.