Ciclista demitido perde processo contra Benfica

O espanhol José António Pecharromán, ciclista que foi demitido pelo Benfica por ter usado um medicamento sem informar a equipa e que deu origem a um teste de doping positivo, perdeu um processo de interpôs contra os encarnados, mas ainda tem uma hipótese de recurso.
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Pecharromán foi demitido em Dezembro de 2007 pela equipa de ciclismo do Benfica, gerida pela Lagos Bike, por ter violado os regulamentos internos, que obrigavam os corredores a informar a formação sobre todos os medicamentos que usavam por indicação de médicos que não o do clube ou remédios de venda livre. Foi esta a justificação avançada pelos responsáveis dos encarnados.

Mas o medicamento que o espanhol tomou (remédio para a queda de cabelo, com finasterida, proibida nessa altura porque era eficaz a mascarar a dopagem com anabolizantes quando os laboratórios faziam as análises) provocou afinal um controlo positivo, na Clássica de los Puertos.

O corredor foi demitido, mas apresentou uma acção no Julgado Social número 1 de Ciudad Real, em Espanha, impugnando a demissão. Pecharromán venceu esta primeira batalha – o despedimento foi anulado e o Benfica condenado a pagar uma indemnização de 54 mil euros –, mas os encarnados recorreram para o Tribunal Superior de Justiça de Castilla-La Mancha (TSJCLM).

Segundo a EFE, o TSJCLM concluiu que o uso de uma substância proibida como a finasterida constituiu uma conduta voluntária, culposa e grave, que justificou o despedimento por justa causa, sem direito a indemnização. De acordo com a mês a agência, Pecharromán ainda tem direito a recorrer desta decisão, dentro do próprio Tribunal Superior.

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