Chineses vão voltar a medir extensão da Grande Muralha
A Grande Muralha da China, o exemplo mais ancestral dos muros que os homens vêm construindo desde a Antiguidade para sua protecção ou separação, vai ser novamente medida, com o objectivo de determinar de forma rigorosa qual a sua verdadeira extensão.
"As novas medições vão ser feitas com a ajuda de sensores aéreos remotos", indicou esta semana Zhang Ji, subdirector do Instituto Chinês para a Grande Muralha, citado pela agência Nova China.
E precisou "A actual extensão conhecida da Grande Muralha, que é de 7300 quilómetros, não será muito rigorosa devido aos equipamentos e métodos de medição algo ultrapassados que foram usados no passado para a medir."
O novo projecto de medição, acrescentou o mesmo responsável, pretende igualmente fazer um conjunto de fotografias aéreas do monumento que a UNESCO classificou como Património Mundial em 1987, no sentido de permitir a sua melhor conservação.
Os primeiros trabalhos da Grande Muralha da China registaram-se no século V a.C., mas os grandes trechos e a ligação entre eles foram construídos entre 221 e 206 a.C. pela dinastia Qin, tendo sido aumentada pelas sucessivas dinastias da China Imperial.
A reconstrução da muralha e a construção dos seus trechos mais recentes foram levadas a cabo pela dinastia Ming (1368-1644). Impressionante estrutura militar, cujos muros de 16 metros de altura visavam impedir as invasões vindas do Norte (na cultura chinesa tudo o que é negativo ou nefasto vem do Norte), a muralha estende-se da costa a leste de Pequim até à província de Gansu (Nordeste da China).
À volta deste monumento, lembra a revista National Geographic, existem pelo menos dois falsos mitos o de que é visível do espaço e o de que é uma estrutura contínua. Actualmente, a Grande Muralha da China é uma das principais atracções turísticas do Império do Meio, nomeadamente o trecho de Huangyaguan, a aproximadamente três horas da capital.