O termo do longo julgamento da Waterlow & Sons foi o grande destaque na edição de 23 de dezembro de 1930 do Diário de Notícias, tendo a firma sido condenada a pagar uma indemnização de 531 851 libras ao Banco de Portugal..Em causa a falsificação de um contrato do banco, que na altura era parcialmente privado e que permitiu a Artur Alves dos Reis ter acesso a notas ilegítimas, mas impressas numa empresa legal e com a mesma qualidade das verdadeiras..Com vários cúmplices em Portugal e fora do país, Alves dos Reis preparou um contrato fictício e conseguiu que este fosse reconhecido notarialmente e validado pelos consulados de Inglaterra, Alemanha e França. Depois, através do financeiro holandês Karel Marang van Ijsselveere conseguiu que a empresa britânica Waterlow & Sons, que era a casa impressora do Banco de Portugal, imprimisse com a máxima discrição 200 mil notas de valor de 500 escudos..Embora mentor da fraude e falsificador de todos os documentos, Alves dos Reis ficou apenas com 25% das notas, ainda assim o suficiente para fundar o Banco de Angola e Metrópole em junho de 1925. Além disso, comprou o Palácio do Menino de Ouro (atual edifício do British Council em Lisboa), três quintas, uma frota de táxis e joias e roupas caras para a mulher aquando de estadas em Paris. Também tentou comprar o Diário de Notícias e comprar ações para conseguir controlar o Banco de Portugal e assim cobrir as falsificações e abafar quaisquer investigações, mas investigações do jornal O Século denunciaram a burla.