Centro de mobilidade de Viseu terá "aspeto de aeroporto"

O presidente de Câmara de Viseu disse hoje que o novo centro de operações de mobilidade da cidade ficará com "aspeto de um aeroporto" e que o edifício terá painéis solares para o sustentar, tornando-o "amigo do ambiente".
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"Vamos fazer uma obra apta para os próximos 50 anos", garantiu António Almeida Henriques.

No dia em que fez a apresentação pública do novo Centro de Operações de Mobilidade de Viseu (COMV), na atual central de camionagem, o autarca disse que, "com todos os requisitos", o espaço "fica com o aspeto de um aeroporto, mas rodoviário, ou seja, moderno e acessível, tirando partido do aspeto atual" do edifício.

"Não deixámos de pensar na vertente energética e o edifício terá painéis fotovoltaicos que, no fundo, vão permitir compensar os gastos diretos diários da energia utilizada no funcionamento do equipamento, ou seja, ele é também um edifício amigo do ambiente", adiantou.

Almeida Henriques explicou todas as novas valências que o COMV terá e "toda a comodidade para os passageiros", assim como a "informação eletrónica disponível no espaço".

A ampliação do atual edifício e a criação de um parque de estacionamento para 190 viaturas ligeiras, nas traseiras do prédio, foram outras das especificidades apresentadas, numa obra total de 4,6 milhões de euros, a ser executada em 560 dias, a partir da data da entrega da obra que entrou hoje a concurso público.

O espaço de mais de 15 mil metros quadrados manterá os três pisos atuais do edifício e agregará os transportes de rede nacional, intermunicipal, municipal e urbana, estacionamento para bicicletas e as novas trotinetes elétricas, assim como os acessos pedonais.

Almeida Henriques anunciou ainda o cartão da Mobilidade Urbana de Viseu (MUV), que será gratuito, para que depois "os passageiros o carreguem com as modalidades de viagens que entenderem". Falou ainda da aplicação no telemóvel que estará disponível no próximo mês para comprar passes, recarregar ou aceder ao tempo de espera do autocarro.

O dia 02 de abril "marca uma nova era na mobilidade de Viseu" com a entrada em vigor dos novos horários dos transportes urbanos, "que serão ajustados às medidas das necessidades, quer para as escolas ou para o trabalho, como as zonas industriais, ou até mesmo para o lazer", exemplificou o autarca.

"A partir de agora é o município que é a autoridade dos transportes, é o município que tem esta competência de definir horários e cadências e, certamente, vamos ter em atenção os novos horários para ir ao encontro do interesse das pessoas e cá estaremos para fazer os ajustamentos necessários", prometeu.

Também com a entrada do novo mês, entrará em funcionamento mais uma linha de autocarro, para a freguesia de Silgueiros, e começam a circular de forma contínua os novos miniautocarros, que farão o circuito um e dois (C1 e C2), ou seja, na área urbana.

Almeida Henriques disse que, com este novo circuito urbano, "as pessoas poderão circular de um lado para o outro da cidade, de forma mais cómoda e barata", porque os "miniautocarros vão circular de 20 em 20 minutos" e em "abril e maio serão totalmente gratuitos".

"E serão sempre gratuitos para todos os passageiros que tenham o bilhete validado num dos autocarros que faz o circuito nas freguesias de Viseu", explicou à agência Lusa o assessor da empresa Berrelhas, responsável pelos transportes urbanos.

Herculano Caetano adiantou ainda que, atualmente, nas 20 linhas que cobrem o município, circulam anualmente "mais de milhão e meio de pessoas" e que com a "entrada em vigor da nova linha de Silgueiros e dos seis miniautocarros urbanos para os C1 e C2, passarão a circular mais 200 mil" pessoas.

Atualmente, segundo dados da autarquia facultados à agência Lusa, a central de camionagem tem, sem contabilizar os autocarros de transportes urbanos, 15 operadoras a funcionar no espaço e recebe diariamente perto de 350 autocarros e cerca de 1.500 a 2.000 passageiros, sendo que "há épocas pontuais de maior fluxo" de pessoas.

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