Cenas de sexo rápido nas praças de São Paulo

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A polícia de São Paulo tem pela frente um novo desafio representado por casais que se encontram num local público central, previamente combinado, e mantêm no interior de um veículo uma relação sexual rápida à frente de terceiros.

Esta prática que se está a generalizar em São Paulo e noutras cidades do Brasil, é comum na Grã-Bretanha, onde os círculos de interessados ultrapassam já os 20 mil, segundo o Diário de S. Paulo.

A situação envolve em regra pessoas totalmente nuas que conduzem automóveis, de onde uma delas sai para o veículo do parceiro, mantendo relações o mais rápidas possíveis perante uma plateia, dos quais muitos dos seus membros foram previamente avisados da realização de tal evento. Daí, a designação de dogging para esta actividade, que implica estar atento para se aperceber do local e momento em que se realiza o acto sexual.

Aquele decorre principalmente à hora de ponta, em que os engarrafamentos e aumento de movimento de pessoas e veículos ajudam a justificar atrasos e servem, por outro lado, de plateia potencial.

As autoridades brasileiras já recensearam centenas de grupos de adeptos de dogging no país, dando o diário da cidade paulista antes referido o exemplo do site Dogging in Sampa, em que os participantes elaboram sobre esta prática, que atrai, como seria previsível, inúmeros voyeurs.

Os mails e o Messenger são, como também seria de esperar, instrumentos centrais neste tipo de actividade.

Um responsável da polícia de São Paulo explica que a adrenalina e um certo culto do exibicionismo ajudam a explicar a popularidade deste tipo de relação sexual mantido por pessoas comprometidas, muitas delas casadas com outros que não o seu parceiro de ocasião.

Patricia Espírito Santo, uma orientadora sexual e jornalista ouvida pelo Diário de S. Paulo refere que o próprio facto de a polícia perseguir os praticantes de dogging só os vai estimular e ajudar a popularizar este tipo de sexo-expresso.

Na opinião daquela autora, por outro lado, é exagerado pensar que todos os envolvidos apresentam algum tipo de perturbação e justifica essa sua asserção com o carácter exibicionista e hedonista predominante nas sociedades contemporâneas.

Origens

A prática do dogging teve origem na Grã-Bretanha, onde tem vindo a crescer a preocupação com as questões de saúde, já que muitos dos participantes nestas acções não cumprem as mínimas regras de prevenção, como uso de preservativos.

Na Grã-Bretanha, os grupos reúnem-se normalmente em parques públicos ou de estacionamento, mantendo núcleos em algumas das principais cidades. |

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