CDS questiona Matosinhos sobre alegada poluição de empresa de lavagem de cisternas

O CDS-PP questionou a Câmara Municipal de Matosinhos, através da Assembleia da República, sobre se tem conhecimento da alegada poluição causada por uma empresa de lavagem de cisternas no concelho, após receber queixas por parte de moradores.
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No requerimento, a que a Lusa teve acesso, os deputados Pedro Mota Soares, Cecília Meireles e Álvaro Castelo Branco perguntam ainda se a empresa em causa tem sido alvo de inspeções por parte dos serviços camarários, com que frequência e quais os resultados.

"Que medidas foram já tomadas no sentido de resolver esta situação que está a causar insegurança na população", interrogaram.

Os centristas explicam ter recebido queixas referentes a esta empresa de lavagem de cisternas, pesados e ligeiros e aquecimento de contentores que, alegadamente, estará a poluir a rede pública de águas de Matosinhos, no distrito do Porto.

As empresas de lavagem de cisternas e contentores, dada a natureza da sua atividade, estão obrigadas a ter um tratamento adequado das águas porque manipulam resíduos de produtos tóxicos como látex, resinas, ácidos, colas, anilinas e fenóis, referiram.

"De acordo com os habitantes da zona onde a estação de serviço em causa opera é frequentemente visível, na rua onde se localiza, o acumular de água com gorduras e cheiros", salientaram os deputados.

Além disso, Pedro Mota Soares, Cecília Meireles e Álvaro Castelo Branco lembraram que a localização da empresa, junto às habitações, está a causar alguma insegurança junto da população devido aos resíduos de materiais altamente inflamáveis que as cisternas transportam.

Também o CDS/PP de Matosinhos questionou a autarquia, salientando não entender este "estado adormecido" para com a empresa quando "todos os dias" manda águas contaminadas e poluídas para as redes de água.

"Esta empresa apenas possui um separador de hidrocarbonetos, mas o mesmo nada faz", sustentou.

Dado ser feriado municipal em Matosinhos, o gabinete de comunicação da câmara afirmou não poder responder hoje à Lusa sobre as questões levantadas no requerimento, remetendo para quarta-feira uma posição sobre o assunto.

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