CDS aconselha pessoas a beber água engarrafada

O vice-presidente do CDS/PP nos Açores, Félix Rodrigues, afirmou hoje que "há contaminação do subsolo" no concelho da Praia da Vitória, na Terceira, aconselhando a população por "precaução" a "beber água engarrafada".
Publicado a
Atualizado a

"Se a população do concelho da Praia da Vitória quiser aplicar o princípio da precaução à qualidade da água de consumo, então deve beber água engarrafada", afirmou o dirigente regional do CDS/PP numa conferência de imprensa em Angra do Heroísmo para analisar os dados do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) sobre contaminação de águas e solos no concelho da Praia da Vitória.

Félix Rodrigues contestou os dados do relatório do LNEC, frisando que "há contaminação do subsolo", e defendeu ser necessário ter "mais informação, análises mais regulares e em intervalos mais curtos" para que se possa apurar a qualidade da água.

O relatório do LNEC, apresentado a 4 de Fevereiro, indica que "não há contaminação de solos nem de aquíferos para abastecimento de água às populações" da Praia da Vitória. "Fora do perímetro das instalações militares da Base das Lajes não há qualquer contaminação, por metais ou hidrocarbonetos, dos solos e águas para consumo das populações", afirmou Lobo Ferreira, coordenador do estudo.

Segundo este especialista, "a poluição localiza-se na porta de armas da base e dos tanques de armazenamento de combustível, nos aquíferos suspensos em ambos os casos", acrescentando que "fora daquelas áreas foi detectada contaminação numa zona específica de 0,1 microgramas por litro", o que considerou "muito irrelevante".

Na sequência da divulgação do relatório, o presidente da Câmara da Praia da Vitória, Roberto Monteiro, considerou que "os resultados provam que podemos estar descansados com a saúde pública". No mesmo sentido, Álamo Meneses, secretário regional do Ambiente, assegurou que "não há qualquer risco imediato e direto", acrescentando que "as zonas contaminadas serão recuperadas".

Na conferência de imprensa de hoje, Félix Rodrigues contestou estas conclusões, salientando que os valores de alumínio, crómio, cobalto, chumbo, manganês, molibdénio, níquel e vanádio "ultrapassam os valores previstos na legislação".

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt