Casas em leilão a preço de saldo

Em parceria com a Deco, o DN procura esclarecer algumas dúvidas dos leitores sobre investimentos e a aplicação do seu dinheiro.
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Comprar em leilão pode ser um bom negócio, mas exige alguns cuidados. A chave do sucesso é avaliar bem o imóvel e fazer contas no banco.

Só com dados do lote

Os leilões podem ser realizados pelas Finanças, Segurança Social ou por empresas especializadas, neste caso, a pedido dos bancos. Nas Finanças e Segurança Social, o anúncio dos bens é feito em editais, jornais da região ou nos portais destes organismos. As leiloeiras privadas divulgam os imóveis em venda nos respectivos sítios através dos bancos que recorrem aos seus serviços ou em jornais.

Pesquise os imóveis disponíveis e seleccione os que interessam. Regra geral, as promotoras publicam na Net uma lista com fotos e dados de cada lote: local, ano de construção, tipologia, área e base de licitação. Informe-se sobre a situação fiscal do imóvel, eventuais direitos de preferência, usufruto ou arrendamentos. Nos leilões privados, regra geral, as casas já estão livres de ónus e encargos.

Faça uma estimativa do valor real, para não pagar mais do que numa compra directa. Nas leiloeiras, pode pedir uma cópia da caderneta predial, com o valor patrimonial. Este é próximo do real, se o imóvel já foi registado segundo as novas regras. Caso contrário, faça uma simulação na página das Finanças.

Visite a casa para avaliar o estado, acessos e zona envolvente. Os imóveis em mau estado são, regra geral, bom negócio, mas convém avaliar o custo das obras e o mercado.

Jogar com a cabeça

Embora as leiloeiras vendam imóveis penhorados pelos bancos, estes não garantem o crédito. Por isso, se vai pedir financiamento, fale com vários bancos para saber quanto lhe emprestam e que prestação pode suportar. Contabilize despesas de sinal, obras, registos e escritura e tenha em conta que a esmagadora maioria dos bancos não financia 100% da avaliação.

A menos que tenha dinheiro ou crédito garantido, não licite. Pode perder a caução (1750 euros, no mínimo), se desistir. Regra geral, as desistências após o leilão devem-se à falta de financiamento.

Estipule o valor máximo pelo qual está disposto a licitar. Os leilões têm uma carga emocional muito grande, pelo que é fácil perder a noção do preço da casa.

Consultório Deco

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