O projeto integra professores do ensino básico e secundário, tendo contacto com 11.000 docentes através do portal Gulbenkian para Professores..A reunião de quinta e sexta-feira, que contará com a colaboração de peritos internacionais, realiza-se na Escola D. Dinis, em Lisboa.."Recursos Educativos Digitais em Contexto de Aprendizagem" é o tema do encontro, que reúne professores de todo o país para discutirem formas de melhorar o ensino das ciências..A sessão de abertura, segundo a organização, conta com a presença do secretário de Estado do Ensino Básico e Secundário, João Grancho, e do ex-ministro da Educação, Eduardo Marçal Grilo, estando o encerramento a cargo do secretário de Estado do Ensino Superior, João Queiró..Através deste portal, os professores partilham os "melhores recursos educativos" com os colegas num modelo de livre acesso. Todos os materiais disponibilizados no portal foram submetidos a avaliação prévia por pares..De acordo com um inquérito realizado junto dos membros da Casa das Ciências, o portal (de professores para professores) recebeu um milhão e meio de visitas. Foram registadas 150.000 visitas mensais à Wikiciências e mais de 40.000 visitas por mês ao banco de imagens..O inquérito revela ainda que 30 por cento dos professores que ensinam ciência nas escolas são membros do portal, de onde foram feitos mais de 260.000 "downloads" de objetos..Em média, segundo os dados hoje divulgados, 60.000 imagens foram vistas ou usadas por mês, no banco de imagens deste instrumento..O inquérito revela ainda que o "grande reconhecimento" deste trabalho pelos alunos e pelas famílias não é acompanhado pela sociedade em geral..Sublinhando que o inquérito não incide sobre uma amostra equilibrada da população de professores portugueses, mas apenas sobre uma amostra daqueles que colaboram com a Casa das Ciências, os autores concluem que um docente trabalha entre 35 e 55 horas semanais. Mais de 80 por cento diz trabalhar mais de 36 horas por semana..A avaliação feita pelo diretor ou pelos órgãos da escola não é rejeitada, mas 80 por cento dos professores acha que a avaliação da Inspeção Geral da Educação "não apreende a qualidade do ambiente de aprendizagem, nem o esforço dos professores e funcionários".