Carpa asiática que limpava algas tornou-se uma praga

Espécie foi introduzida nos anos 70 no Mississípi, mas invadiu bacia hidrográfica e agora já está nos Grandes Lagos
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Chegou de mansinho, como muitas vezes acontece nestes casos, introduzida por mão humana. A ideia era que a carpa asiática prestasse um serviço nos sistemas de aquacultura da bacia hidrográfica do Mississípi, nos Estados Unidos: o de eliminar sem mais custos o excesso de algas. Mas as contas saíram ao contrário. Uma quantas escaparam-se para o ecossistema, invadiram o rio e os canais que o ligam a outras bacias hidrográficas e hoje já estão nos Grandes Lagos, na região de Chicago. Agora a cidade está em guerra com os peixes que vieram do oriente.

Desde 2002 que existe uma barreira elétrica nos canais que ligam artificialmente o Mississípi e os sistemas de abastecimento e tratamento de águas de Chicago, que por sua vez têm ligações aos lagos Michigan e Illinois. A sua instalação pretendeu, justamente, evitar que as carpas asiáticas se escapassem através dos canais e chegassem aos Grandes Lagos, mas a presença de ADN das carpas asiáticas em espécies recolhidas nos lagos indicia o cruzamento de espécies e mostra que o sistema não foi eficaz.

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