Caravana pela Paz já terminou viagem

A Caravana pela Paz chegou na segunda-feira a Washington, destino de uma viagem pelos EUA realizada pelos familiares das vítimas da violência relacionada com a droga para denunciarem as atuais políticas de combate ao tráfico.
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Depois de percorrerem mais de 10 mil quilómetros e de passarem por 26 cidades norte-americanas, os 110 participantes na caravana, liderada pelo poeta mexicano Javier Sicilia, chegaram na segunda-feira à capital dos EUA procedentes de Baltimore para encerrar uma viagem que se iniciou a 11 de agosto em Tijuana, no México.

"Este é um fim e um princípio", afirmou Sicilia à chegada a Washington, salientando que a caravana pretendeu chamar à atenção para o "horror desta guerra inútil e perdida".

O filho de Sicilia foi morto em março do ano passado por membros de grupos de crime organizado relacionados com o tráfico de droga.

Em vez de uma guerra às drogas, a caravana propõe a legalização das drogas, o controlo de armas e a punição de pessoas envolvidas em operações de lavagem de dinheiro.

"A droga não é um assunto de segurança nacional, mas de saúde pública", disse o poeta em declarações à agência noticiosa Efe, ao realçar que a violência gerada pelo tráfico ilegal de narcóticos "já matou mais gente inocente do que a droga poderia ter matado em décadas ou séculos".

Teresa Vera Alvarado, cuja irmã desapareceu no México em 2006, foi outra ativista a participar na caravana para "sensibilizar as autoridades do México e EUA para fazerem o seu trabalho".

Os ativistas participantes na Caravana pela Paz realizaram na segunda-feira uma marcha em Washington, desde a Casa Branca até à Praça da Liberdade.

Os ativistas têm hoje encontros previstos no Congresso norte-americano, com o embaixador mexicano nos EUA, Arturo Sarukhan, com a subsecretária de Estado para a Democracia, Maria Otero, e com a diretora adjunta para os Assuntos Hispânicos da Casa Branca, Julie Chávez.

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