Capacete azul da ONU na República Centro Africana morre após ser ferido em combate

Um capacete azul da missão da ONU na República Centro Africana morreu na sexta-feira, depois de ser ferido em combate, segundo um relatório interno a que a France Presse teve hoje acesso.
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A nacionalidade do militar não é indicada no relatório, em que se refere que tinha entrado em combate contra homens desconhecidos que atacaram uma base avançada da missão da ONU (Minusca), na noite de sexta-feira.

Os confrontos aconteceram na localidade de Gbambia, na província ocidental de Mambéré-Kadéi, mas o militar viria a morrer no hospital de Berberati, a 100 quilómetros de distância.

Naquela região do país, costuma haver confrontos armados com o grupo Siriri, composto por cerca de 100 homens arregimentados por um indivíduo chamado Ardo Abba, que declara lutar contra roubos de gado.

Os combates entre os capacetes azuis e os membros do Siriri são frequentes naquela zona e já mataram um militar da Tanzânia em junho, apanhado numa emboscada.

Com esta morte, são já seis os capacetes azuis mortos este ano na República Centro-Africana.

Portugal tem naquele país uma força nacional destacada, composta por 156 militares, na maioria paraquedistas, que chegou em setembro.

A República Centro-Africana caiu no caos e na violência em 2013, depois do derrube do ex-Presidente François Bozizé por vários grupos juntos na designada Séléka (que significa coligação na língua franca local), que suscitou a oposição de outras milícias, agrupadas sob a designação anti-balaka. A Minusca está no país desde 2014.

O conflito na RCA, que tem o tamanho da França e uma população que é menos de metade da portuguesa (4,6 milhões), já provocou 700 mil deslocados e 570 mil refugiados, e colocou 2,5 milhões de pessoas a necessitarem de ajuda humanitária.

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