Câmara dos Representantes rejeita fim de financiamento
A emenda, apresentada depois da revelação pelo ex-informático Edward Snowden da extensão do programa de vigilância da Agência Nacional de Segurança (NSA), era apoiada por uma coligação heterogénea de deputados que ia dos mais conservadores do movimento Tea Party aos democratas mais à esquerda.
A emenda foi rejeitada por 217 votos contra e 205 a favor.
A legislação, apresentada pelo republicano do Michigan Justin Amash, suscitou a oposição da Casa Branca e de destacados membros do Congresso, incluindo os presidentes das comissões parlamentares sobre serviços de informações da Câmara dos Representantes e do Senado.
Ela forçou no entanto os deputados da câmara baixa do Congresso a assumir publicamente a sua posição em relação a uma das questões atualmente mais sensíveis em termos de segurança nacional: se o programa da NSA que colige os metadados telefónicos de milhões de norte-americanos viola as proteções constitucionais.
A votação também mostra que há profundas reservas de ambos os partidos -- Democrata e Republicano -- sobre a forma como o governo dos Estados Unidos vigia o seu próprio povo com a justificação da luta contra o terrorismo.
"O governo reúne registos telefónicos, sem que haja suspeitas, de cada norte-americano nos Estados Unidos", disse Justin Amash momentos antes da votação.
A emenda, prosseguiu, limitaria essa recolha e retenção de dados aos norte-americanos que são alvo de uma investigação em concreto.
O democrata Jim Moran, que votou a favor da emenda, escreveu na sua conta no Twitter que ela "não é perfeita, mas deixa claro que a NSA precisa de reformas que protejam a privacidade dos norte-americanos".