Câmara de Lisboa aprova concurso público para obra do Vale de Alcântara

A Câmara Municipal de Lisboa aprovou hoje o lançamento do concurso público para a contratação da empreitada de uma parte do corredor verde do Vale de Alcântara, com um valor base de 1,4 milhões de euros.
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A proposta teve os votos a favor do PS, BE, PSD e PCP, e a abstenção do CDS-PP, disseram à Lusa fontes municipais.

Segundo o documento, à qual a agência Lusa teve acesso, o prazo para a execução da obra é de 240 dias, "acrescidos de 365 dias para a manutenção dos espaços verdes, de acordo com o previsto no caderno de encargos".

O documento, assinado pelos vereadores do Urbanismo, Manuel Salgado, e da Estrutura Verde, José Sá Fernandes, ambos da vereação socialista, dá conta de que a adjudicação da empreitada para a passagem inferior à via férrea para ligação da Quinta da Bela Flor à Avenida de Ceuta "será feita à proposta economicamente mais vantajosa", de acordo com o preço da proposta, planeamento e execução da obra, e equipa técnica.

O preço da proposta terá uma ponderação de 50% na avaliação final, o planeamento e execução da obra 30% e, por fim, a equipa técnica 20%.

O corredor verde enquadra-se nas medidas da autarquia para promover a requalificação e gestão dos espaços verdes da capital, "incluindo os respetivos corredores, percursos, ligações e arvoredo", é apontado ainda no documento.

A repartição de encargos, incluída na proposta, estabelece 742 mil euros para 2019 e cerca de 758 mil euros para 2020.

Falando à agência Lusa no final da reunião, o vereador do CDS-PP João Gonçalves Pereira admitiu ter "algumas dúvidas" em relação à empreitada, optando por não fazer comentários.

Já o vereador do BE, Manuel Grilo, partido que tem um acordo de governação do concelho de Lisboa com o PS, notou que esta operação "faz todo o sentido".

Também João Pedro Costa, do PSD, disse que, sendo uma obra significativa da Estrutura Verde de Lisboa é "bem-vinda", ressalvando que "atrasos são o hábito deste mandato".

Em 2016, Sá Fernandes estimou que o corredor verde estruturante do Vale de Alcântara, que fará ligação pedonal de Monsanto ao Tejo, estaria pronto um ano depois.

A intervenção abrangerá 13 hectares, ao longo de três quilómetros, e terá um custo total de "não mais do que quatro milhões de euros", disse o vereador nessa altura.

Na reunião de hoje, a câmara municipal adiou a apreciação de uma proposta relativa à operação Renda Acessível, em Benfica e Marvila, e outra sobre o licenciamento de uma operação de loteamento municipal conjunta com a Luz Saúde, para terrenos camarários e privados, em Benfica, no âmbito do Programa de Renda Acessível.

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