Câmara dá conselhos sobre como poupar energia
O vice-presidente da autarquia, Pedro Ribeiro, disse à agência Lusa que começaram já a ser colocados nos edifícios públicos, nas escolas de primeiro ciclo e jardins de infância os autocolantes que incentivam à poupança de energia.
Os autocolantes, amarelos, com um "smile" zangado e a inscrição "não tem graça", pedem aos utilizadores dos edifícios públicos para não deixarem luzes acesas, ar condicionado, impressoras e computadores ligados, contabilizando o que cada um representa em termos de gastos ao fim de um ano.
"O objetivo final desta campanha é conseguir uma redução de oito por cento nos gastos com iluminação pública e consumo energético nos edifícios públicos, o que mesmo assim não chega para compensar o gasto previsto com o aumento do IVA na eletricidade, que representará mais 130.000 euros/ano para o município", disse Pedro Ribeiro à Lusa.
O desafio lançado às escolas e jardins de infância tem um incentivo adicional, já que os estabelecimentos que conseguirem uma redução superior a oito por cento, ficam com metade do valor dessa poupança adicional para a realização de atividades, afirmou.
Para que todos acompanhem a evolução da poupança, de dois em dois meses, a autarquia vai divulgar dados sobre o consumo (comparando os kilowatts com igual período do ano transato).
Pedro Ribeiro disse à Lusa que a colocação dos autocolantes junto dos interruptores e aparelhos elétricos e as reuniões de sensibilização com os funcionários "já está a funcionar".
Além da campanha "Objetivo: Poupar", a Câmara Municipal de Almeirim lançou, também no início deste mês, o projeto "Reciclar para Poupar", um desafio aos munícipes do concelho para que ajudem a reduzir a quantidade de resíduos sólidos urbanos (RSU) colocados em aterro, aderindo à reciclagem.
"Mensalmente a Câmara Municipal recolhe mais de mil toneladas de resíduos sólidos urbanos. Quanto mais as pessoas reciclarem mais podem poupar, já que por cada 25 toneladas/mês de acréscimo de material para reciclagem (300 anuais) haverá, no ano seguinte, uma redução de um por cento na fatura dos RSU", afirmou.
Segundo o autarca, que detém o pelouro do Ambiente, Almeirim "tem um dos melhores rácios do país de ecopontos por habitante" e tem pontos de recolha para todo o tipo de resíduos (incluindo óleos e roupa), pelo que existem condições para aumentar a quantidade de resíduos enviados para reciclagem.
Pedro Ribeiro disse à Lusa que a taxa de resíduos paga anualmente pelos munícipes corresponde aproximadamente ao valor pago pela autarquia para deposição no aterro da Raposa (cerca de 500.000 euros), ficando ainda por cobrir os gastos com todo o processo de recolha (contentores, carros, pessoal, combustível, seguros).
"A maioria das Câmaras decidiu aumentar as taxas. Nós estamos dispostos a reduzi-las se os munícipes aumentarem a reciclagem", afirmou.