Vestes extravagantes, sapatos e narizes de palhaço, Laura e Mila irrompem pela sala de espera adentro, às cabriolas. Distribuem apertos de mão à esquerda e à direita, riem alto e ora improvisam uns passos de dança, acompanhadas ao cavaquinho, ora se põem a seguir algum médico ou enfermeira com uma convicção cómica. Eles, claro, riem--se e entram na brincadeira. A manhã de consultas de Medicina Física e Reabilitação, no Hospital do Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada, hoje é diferente: chegaram as palhaças.."Bom dia, bom dia", atiram elas aos doentes, surpreendidos. A maioria abre-se em sorrisos, e há até quem ria abertamente. Outros ficam na expectativa, mas elas não dão tréguas e em poucos minutos a antes silenciosa sala de espera do hospital mais parece uma festa animada. Laura Bolón, que é argentina e está há anos radicada em Málaga, Espanha, já foi trapezista, o que lhe dá as asas para a sua personagem de palhaça acrobata. Num volteio de braços e pernas, faz o pino, com o chapéu enfiado num dos pés..Leia mais na versão impressa ou no e-paper do DN