Cabo Verde tem quase 400 alambiques para produção de grogue - IGAE

Praia, 23 mai 2019 (Lusa) - Cabo Verde tem um total de 388 alambiques para produção de grogue, com mais de um quarto concentrados no concelho da Ribeira Grande de Santo Antão, segundo dados públicos hoje pela Inspeção-Geral das Atividades Económicas (IGAE).
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De acordo com os dados publicados pela IGAE na sua página oficial no Facebook, o concelho da Ribeira Grande de Santo Antão tem 99 alambiques para produção do aguardente de cana-de-açúcar.

Ainda em Santo Antão, o concelho do Paul segue com 44 unidades de produção e Porto Novo com 30, num total de 173 alambiques nesta que é uma das ilhas que mais produz a bebida alcoólica.

A ilha de Santiago, a maior do país, é a que concentra mais alambiques (205), distribuídos pelos concelhos da Ribeira Grande (40), Santa Cruz (37), Santa Catarina (31), São Domingos e São Miguel (27), Praia (8), Tarrafal (5) e São Salvador do Mundo (4).

Os restantes alambiques estão nas ilhas de São Nicolau, sendo cinco na Ribeira Brava e três em Tarrafal, enquanto o Maio tem apenas três.

As ilhas de São Vicente, Sal, Boavista, Fogo e Brava não são referenciadas pela IGAE como tendo unidades de produção de grogue, bebida típica e muito consumida no país.

Esta semana, a IGAE informou que o processo de selagem dos alambiques em todas as unidades de produção do país inicia no dia 01 de junho.

O órgão polícia criminal salientou que a selagem será feita de forma progressiva e que em caso de necessidade de prorrogação do prazo de industrialização os produtores devem pedir à Direção Nacional da Indústria.

Cabo Verde aprovou em 2015 uma nova lei que regula a produção e comercialização da aguardente de cana-de-açúcar, tradicionalmente conhecida por grogue, com vista a reforçar a fiscalização neste setor.

A legislação define normas orientadoras para a produção, nomeadamente relacionadas com a higiene, proteção do meio ambiente, proteção e promoção da saúde pública, e os direitos dos consumidores e dos produtores.

O consumo de grogue de má qualidade tem causado várias mortes no arquipélago e deixado muita gente incapacitada, por serem adicionadas matérias-primas nocivas à saúde, provocando, também, a desvalorização da bebida.

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