Cá se fazem, lá se pagam. O lema que colocou o dragão nos oitavos

FC Porto goleia em Brugge por 4-0 com bis Taremi, Galeno abre latas e Diogo Costa a entrar para a história. Festa do apuramento feita depois do empate do Atlético de Madrid em casa com o Bayer Leverkusen.
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Cá se fazem, lá se pagam. Este foi o lema que levou esta quarta-feira o FC Porto a golear o Club Brugge, na Bélgica, por 4-0, devolvendo a humilhante derrota sofrida em setembro no Dragão. Cerca de duas horas depois do apito final, a desforra permitiu ainda à equipa de Sérgio Conceição festejar o apuramento para os oitavos-de-final da Liga dos Campeões, graças ao empate (2-2) do Atlético de Madrid, em casa, diante do Bayer Leverkusen, com os colchoneros a falharem um penálti no último lance.

A vitória do FC Porto merece ainda mais destaque por ter sido frente à grande sensação do grupo B, que chegava a este jogo só com vitórias, sem golos sofridos e já com o apuramento garantido para a próxima fase da Champions. Valeu um Diogo Costa a fazer história, Galeno a ser o abre latas e Taremi a impor-se como o homem do jogo com dois golos e uma assistência.

Os dragões entraram a procurar circular a bola com velocidade e, sempre que possível, a lançar bolas para a profundidade à espera que a velocidade de Galeno, Taremi e Evanilson fizessem a diferença. E assim depressa assumiram as rédeas do jogo, com diversas situações perigosas junto da baliza de Mignolet, que viu Eustáquio e Taremi desperdiçarem golos feitos quando estavam sozinhos na área, já para não falar de um remate Uribe, na sequência de um canto, que foi para a bancada. As ameaças só acabaram por se materializar aos 33 minutos, quando Otávio - fez o 250.º jogo pelos dragões - lançou Mehdi Taremi que, apenas com o guarda-redes pela frente, abriu o marcador. O Brugge sofria o primeiro golo na Liga dos Campeões e, no fundo, estava finalmente traduzido em números o domínio exercido pelo FC Porto, que se prolongou durante toda a primeira parte.

Outro mérito dos portistas foi ter estado muito compacto a defender, sempre com muita gente na área, com destaque para o acerto dos centrais Fábio Cardoso e David Carmo, que viram Diogo Costa mostrar atenção (18 minutos) quando tirou autenticamente a bola da cabeça do avançado espanhol Ferrán Jutglà, na sequência de um cruzamento de Skov Olsen.

Só que no início de segunda parte podia ter sido estragado todo o trabalho feito no primeiro tempo. Isto porque, logo aos 47 minutos, David Carmo fez um penálti disparatado sobre Mechele, que o árbitro assinalou, depois de alertado pelo VAR.

E foi aí que entrou então em ação o super Diogo Costa, que defendeu o penálti de Vanaken... só que o árbitro mandou repetir e foi Noa Lang a rematar, depois, mas para mais uma defesa do guarda-redes do FC Porto, que assim se tornou o primeiro a parar três penáltis numa só temporada na história da Champions. E o curioso é que conseguiu-o em três partidas seguidas: nos dois jogos com o Bayer Leverkusen e agora com o Brugge. Além do mérito de manter a vantagem no marcador, Diogo Costa foi também decisivo para quebrar a reação da equipa belga, que de repente viu o jogo voltar-se contra ela.

Isto porque logo aos 57 minutos, numa jogada rápida conduzida por Galeno, a bola sobrou para Evanilson que rematou para o fundo da baliza de Mignolet. Era a festa portista na Bélgica, que passados três minutos tornou-se ainda maior quando a cena se repetiu, com Galeno a fugir e a servir Taremi, que assistiu Stephen Eustáquio para o terceiro golo. E, de repente, faltava apenas um para devolver a goleada do jogo do Dragão. E aos 70 minutos repetiu-se a receita portista, sempre por Galeno a romper na esquerda (para desespero do defesa Mechele) e a servir Otávio, que assistiu para o segundo golo de Taremi, que assim marcou pela quarta vez nesta edição da Champions.

O fim da partida chegou com os portistas felizes com a goleada, mas a verdadeira festa foi feita já depois da missão cumprida graças ao empate do Atlético de Madrid.

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