Buraco na estrada já está a ser reparado

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A Câmara Municipal de Lisboa prevê concluir, até ao final da semana, as obras na Avenida de Berna, cujo piso abateu na segunda-feira, devido a problemas numa conduta de esgotos, que rebentou.

Segundo José Silva Ferreira, o director municipal de Planeamento de Obras, "se tudo correr bem, a intervenção na avenida de Berna fica concluída até ao final da semana". Neste momento, os serviços estão a "fazer um desvio no colector". O objectivo era garantir, até ao final da tarde de ontem, mais uma faixa de rodagem na saída de Lisboa daquela artéria, uma vez que a circulação do trânsito se fazia apenas em duas faixas, uma em cada sentido.

O trânsito circulou com alguma lentidão durante a manhã, em ambos os sentidos da Avenida de Berna, com máquinas em trabalhos na conduta de esgotos que abateu. No local existem quatro vias de circulação (duas para cada lado): nas duas faixas centrais, para que se proceda à reparação do colector, foi aberto - a partir do buraco inicial - um outro, de maiores dimensões, e a circulação faz-se pelas outras duas faixas, uma em cada sentido. Um dos polícias sinaleiros, que ontem se encontrava no local, afirmou ao DN que "o trânsito está a circular normalmente, sem nenhum problema de maior", sendo até "relativamente fácil de controlar". A zona central da avenida, junto ao cruzamento com a rua Tenente Espanca, está agora vedada ao público com grades de metal e com duas retroescavadoras na remoção de pedras, alcatrão e terra. Todavia, mesmo não sendo possível, são muitos os curiosos que ali se juntam para (tentar) ver a profundidade do buraco.

Silva Ferreira explicou à Lusa que primeiro é necessário "desviar o caudal do colector, efectuar a reparação, e voltar a ligar a conduta". Assim, os trabalhadores da câmara estão "a trabalhar de noite e de dia para concluir a obra no menor tempo possível", avançou outro responsável municipal no local da obra, mas o responsável da câmara presente no local não quis, em momento algum, prestar declarações ao DN. Até mesmo os trabalhadores diziam que "o chefe está por perto, não podemos falar".

O arquitecto Ribeiro Teles alerta, há dezenas de anos, que em várias zonas de Lisboa existe uma grande probabilidade de o chão abater, devido à falta de cuidado com a circulação das águas pluviais. "Não se pode pensar que toda a água pluvial acerte no esgoto: alguma vai sempre para fora, forma lençóis de água na estrada, infiltra-se no solo e procura outros escoamentos. Ao fazê-lo, criam-se zonas mais frágeis e ocas no terreno, que cede facilmente".

Neste caso, o arquitecto confessa ainda não se ter deslocado ao local, não querendo formular juízos relativamente às causas que originaram o desabamento do asfalto.

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