Bruno Alves: a "ascensão natural" do poveiro com talento para livres
FC Porto. Familiares não ficaram surpreendidos com golo ao Sporting
Foi "sem surpresa" que Washington e Geraldo, pai e irmão de Bruno Alves, viram a "revelação" do central do FC Porto como marcador de livres. Aliás, nem a afirmação do jogador como esteio da defesa portista os surpreende: é vista como a "ascensão natural de um futebolista talentoso".
No auge da carreira (faz 27 anos a 27 Novembro), o central é indiscutível no centro da defesa do FC Porto. Este ano, surge como o patrão de uma defesa refeita (Sapunaru e Rolando são reforços e a lateral esquerda ainda procura um dono estável). Pelo meio, estabelece-se como marcador das bolas paradas dos dragões.
Mas, como é que Alves passou de "jogador alegadamente violento e pouco querido dos adeptos" a "figura da defesa do FC Porto"? A resposta está na ponta da língua do pai e empresário do central. "Teve uma ascensão natural", apontou Washington, ao DN. "O Bruno ganhou experiência, combinou a capacidade de salto e explosão com a boa leitura de jogo e precisão no passe. Agora só tem de manter o nível e continuar a trabalhar", esclarece o pai.
Geraldo também não se admira com a progressão. O central do AEK afirmou, ao DN, que Alves "nada precisa de provar" e admite que o atleta "pode liderar" o balneário do FC Porto, como outros camisola n.º2 (João Pinto ou Jorge Costa). Uma cabeçada a Nuno Gomes, no FC Porto-Benfica de 2005/06, colou a Bruno Alves o rótulo de jogador violento. Mas para Washington e Geraldo, o central "já limpou a imagem" - ou não tivesse visto só dois amarelos na Liga da época passada. "Ele cometeu esse erro, mas já mostrou que não é violento", referiu Geraldo. Enquanto isso, o pai do central afirma que "ele já provou, sem palavras, que isso de ele ser violento foi uma invenção da imprensa desportiva".
O que não foi invenção foi o golo de livre que Bruno Alves apontou, no domingo, ao Sporting. Tal como foi bem real o outro livre que levou a embater na barra da baliza leonina. Mas o talento do defesa poveiro para as bolas paradas também não surpreende os familiares. "Ele sempre foi bom a bater livres, já o era nas camadas jovens do Varzim", garante Geraldo. "Ele sempre teve grande precisão de remete", completa Washington.|